"Quando
Mao Tse Tung faleceu, em 1976, não houve qualquer alteração substancial na
política interna e externa chinesa, com o seu sucessor, Deng Xiaoping, excepto, talvez, uma abertura económica permitindo investimentos
estrangeiros incentivando a competição, o lucro e até mesmo o consumismo,
embora, sem que se registasse qualquer abertura política baseada nos princípios
democráticos. Um exemplo evidente dessa falta de abertura política foi o
massacre dos estudantes na Praça de Tiananmen, em 1989.
Por sua vez, quando os antigos dois territórios chineses, sob
administração europeia, Hong Kong (britânica) e Macau (portuguesa), retomaram à
posse da China, levaram com estas duas regiões administrativas especiais, um
sistema capitalista pouco consistente com o sistema socialista vigente na
China. Face a isso, e visando, também, a possibilidade – nunca descartada – de
Taiwan voltar a ser reintegrada, oficialmente, na China – que também mantém um
sistema político e económico baseado nos princípios liberal e capitalista –, o
líder chinês Deng Xiaoping, a 1 de Setembro de 1982, no discurso
de abertura do 12.º Congresso Nacional do Partido Comunista da China,
apresentou, em exclusivo e pela primeira vez, o termo “Socialismo com
características chinesas” que viria a ser conhecido pelo princípio de «um país,
dois sistemas».
Em
que consiste o princípio «um país, dois sistema»? Na sua essência, pode-se
caracterizar este princípio como sendo uma coligação entre o capitalismo e o socialismo. Um sistema
único que não apresenta paralelo no mundo. (...)" (podem ler o artigo completo aqui)
Publicado no semanário Novo Jornal, edição 390, de 24-Julho-2015, página 17 (1º Caderno)