(de antigo Alto Comissário para os Refugiados a Secretágio-geral das Nações Unidas)
Saúde-se esta nomeação, mas não se
embandeire em arco como se ela já esteja efectiva. Como a declaração reforça
– sublinhe-se, e não estou a ser nem conspirativo nem, usando uma terminologia
popular portuguesa, “Velho do Restelo”, reforça – o CS recomendou à
Assembleia-geral que designe Guterres como Secretário-geral. Ora sabe-se que a
Assembleia-geral das NU quando “trabalhada” sabe dar a volta às recomendações –
leia- se “ordens” do teocrático e pouco democrático – Conselho de Segurança.
Em
princípio, esta designação está quase assegurada, face ao consenso que a sua
candidatura abrangeu – com particular destaque, para os países da CPLP (não me
recordo de ter lido a posição oficial da Guiné-Equatorial) – bem como o modo
como a candidatura extemporânea da búlgara e vice-presidente da Comissão
Europeia Kristalina Georgieva foi criticada – realce-se, que já tinha
sido verberada ainda antes da sua apresentação – a nível internacional.
Ainda
assim, recorde-se que Georgieva foi uma lança remetida pela Alemanha, mais concretamente,
pela Chanceler Angela Merkel, com o apoio da liderança da Comissão Europeia –
que, face à presença de um candidato de um seu Estado-membro deveria ter, naturalmente, optado pela equidistância do acto
eleitoral -, do fechadíssimo grupo Clube de
Bilderberg, e, de certa forma, ainda que
indirectamente sob a capa de quererem uma mulher – tal como o ainda
Secretário-geral Ban Ki-moon (e dos seus apoiantes
africanos a quem o ainda S-G afirmou que daria maior visibilidade nas
alterações e recomposição da Instituição) – ou dos
financeiros da Wall Street. E depois, também, do enxovalho que recebeu
de Vladimir Putin quando este disse que Angela Dorothea Merkel queria impor uma nova candidata, como se veio a comprovar mostrou
que Merkel pode, mandar na "sua"
Europa, mas que na ONU “mandamos nós” (é o actual presidente em exercício do
Conselho de Segurança)!...
Em teoria
nada será e com a votação preliminar de ontem e a aclamação de hoje de aguardar de expectável. Todavia, não esqueçamos que a
senhora Merkel vem perdendo muito apoio interno – as últimas eleições regionais
resultaram em fortes quebras eleitorais – pelo que necessita de recuperar
alguma da auréola que granjeou nestes últimos quase 12 anos de mandatos, além
de que a candidata dos “últimos
100 metros da Maratona” ter já apresentado a sua desistência e felicitado.
Só
que nada como trabalhar nos corredores para tentar provocar alguma reviravolta no
sistema – a Alemanha apoia financeiramente alguns Estados africanos e
latino-americanos que estão dependentes das ajudas externas para sobreviverem o
seu depauperado e decrépito Orçamento anual – e não aprovarem a tal
recomendação e exigirem, na linha do que o “neutro” Ban Ki-moon quase exigiu,
que o Secretário-geral seja uma senhora, e neste caso, poderia muito bem ser ou
a búlgara Irina Bokova, Directora-geral da UNESCO.
E
a Alemanha que quer ser membro-permanente do Conselho de Segurança, tem aqui
uma boa oportunidade para aquilatar da “força” da sua eventual candidatura a
tal cargo, caso opte por intervir nos corredores do Palácio de Vidro de New York
(que, por acaso – e só se recorda por acaso – se situa na antiga lixeira desta
cosmopolita metrópole) para que Guterres não seja, efectivamente eleito e
consiga reverter o apoio da AG noutra personalidade; e aqui, não esqueçamos,
que a maioria dos 193 ou 195 membros da Nações Unidas valem muito mais que os 5
vetos dos “tiranos permanentes” do Conselho de Segurança como, por exemplo e o
maior exemplo, a Resolução
1514 (XV), de 14 de Dezembro de 1960.
Saúde-se esta nomeação, mas não se
embandeire em arco como se ela já esteja efectiva. Como a declaração reforça
– sublinhe-se, e não estou a ser nem conspirativo nem, usando uma terminologia
popular portuguesa, “Velho do Restelo”, reforça – o CS recomendou à
Assembleia-geral que designe Guterres como Secretário-geral. Ora sabe-se que a
Assembleia-geral das NU quando “trabalhada” sabe dar a volta às recomendações –
leia- se “ordens” do teocrático e pouco democrático – Conselho de Segurança.
Em
princípio, esta designação está quase assegurada, face ao consenso que a sua
candidatura abrangeu – com particular destaque, para os países da CPLP (não me
recordo de ter lido a posição oficial da Guiné-Equatorial) – bem como o modo
como a candidatura extemporânea da búlgara e vice-presidente da Comissão
Europeia Kristalina Georgieva foi criticada – realce-se, que já tinha
sido verberada ainda antes da sua apresentação – a nível internacional.
Ainda
assim, recorde-se que Georgieva foi uma lança remetida pela Alemanha, mais concretamente,
pela Chanceler Angela Merkel, com o apoio da liderança da Comissão Europeia –
que, face à presença de um candidato de um seu Estado-membro deveria ter, naturalmente, optado pela equidistância do acto
eleitoral -, do fechadíssimo grupo Clube de
Bilderberg, e, de certa forma, ainda que
indirectamente sob a capa de quererem uma mulher – tal como o ainda
Secretário-geral Ban Ki-moon (e dos seus apoiantes
africanos a quem o ainda S-G afirmou que daria maior visibilidade nas
alterações e recomposição da Instituição) – ou dos
financeiros da Wall Street. E depois, também, do enxovalho que recebeu
de Vladimir Putin quando este disse que Angela Dorothea Merkel queria impor uma nova candidata, como se veio a comprovar mostrou
que Merkel pode, mandar na "sua"
Europa, mas que na ONU “mandamos nós” (é o actual presidente em exercício do
Conselho de Segurança)!...
Em teoria
nada será e com a votação preliminar de ontem e a aclamação de hoje de aguardar de expectável. Todavia, não esqueçamos que a
senhora Merkel vem perdendo muito apoio interno – as últimas eleições regionais
resultaram em fortes quebras eleitorais – pelo que necessita de recuperar
alguma da auréola que granjeou nestes últimos quase 12 anos de mandatos, além
de que a candidata dos “últimos
100 metros da Maratona” ter já apresentado a sua desistência e felicitado.
Só
que nada como trabalhar nos corredores para tentar provocar alguma reviravolta no
sistema – a Alemanha apoia financeiramente alguns Estados africanos e
latino-americanos que estão dependentes das ajudas externas para sobreviverem o
seu depauperado e decrépito Orçamento anual – e não aprovarem a tal
recomendação e exigirem, na linha do que o “neutro” Ban Ki-moon quase exigiu,
que o Secretário-geral seja uma senhora, e neste caso, poderia muito bem ser ou
a búlgara Irina Bokova, Directora-geral da UNESCO.
E
a Alemanha que quer ser membro-permanente do Conselho de Segurança, tem aqui
uma boa oportunidade para aquilatar da “força” da sua eventual candidatura a
tal cargo, caso opte por intervir nos corredores do Palácio de Vidro de New York
(que, por acaso – e só se recorda por acaso – se situa na antiga lixeira desta
cosmopolita metrópole) para que Guterres não seja, efectivamente eleito e
consiga reverter o apoio da AG noutra personalidade; e aqui, não esqueçamos,
que a maioria dos 193 ou 195 membros da Nações Unidas valem muito mais que os 5
vetos dos “tiranos permanentes” do Conselho de Segurança como, por exemplo e o
maior exemplo, a Resolução
1514 (XV), de 14 de Dezembro de 1960.