31 janeiro 2018

Para onde caminhas Guiné-Bissau?

(Carro da polícia bloqueia uma das artérias de Bissau; ©DW/Braima Darame)


Amanhã, 1 de Fevereiro de 2018, poderá ser o “dia D” para a política Bissau-guineense.

Ou a nomeação de um primeiro-ministro é formalmente aceite por todos, partido políticos, organizações internacionais e CEDEAO ou o pais entra numa perigosa espiral que poderá levar a uma de duas situações:
  • 1.ser totalmente ostracizado pela comunidade internacional e seus políticos (por extensão, o País) serem sancionados pela CEDEAO, CPLP, União Europeia e Nações Unidas, na linha do que a organizações regional já o solicitou para o apoio a uma "aplicação eficaz das sanções";
  • 2.   ou o País entra, definitivamente, no clube dos “Estados Falhados” com todas as consequências que daí podem advir; por exemplo, ser “tutelado” – e essa vontade já vem de antanho – pelo Senegal!

Apesar do Presidente José Maria Vaz “JOMAV” ter nomeado um novo primeiro-ministro, o embaixador e antigo MNE, Artur Silva, a realidade é que a política interna está muito adoentada ao ponto de, ontem, a polícia ter invadido a sede do PAIGC e expulso os congressistas com meios que não se compreendem nem numa ditadura, quanto mais numa suposta democracia conforme hoje foi transmitido na RTP-Africa e fotos colocadas por João Carlos Gomes, no Facebook.

Ora esta anómala situação – até porque não se compreende porque o Congresso foi impedido, pelo Tribunal, de se realizar, se  o 15 proscritos” já terão sido reintegrados no partido criado por Amílcar Cabral, conforme ouvi, ontem, numa reportagem televisiva –,já mereceu críticas de ONG questão  envolvidas no processo de consolidação de paz na Guiné-Bissau, "P5", pedem respeito pela lei e direito à liberdade de reunião e de participação política.

Acresce que a #CEDEAO já fez saber que mantinha a intenção de levar por diante as sanções a dirigentes políticos Bissau-guineenses se não fosse indigitado um primeiro-ministro iaté ontem e de consenso, conforme o estabelecido nos Acordos de Conacri. Ora, do que já li e ouvi, o novo primeiro-ministro não parece gozar desse consenso, pelo que é expectável que amanhã a CEDEAO comece a impor sansões ao já debilitado país da CPLP.

Até porque o PAIGC, continua a exigir que o primeiro-ministro seja o seu dirigente Augusto Olivais, proposto no âmbito do Acordo de Conacri, e que parece ter tido o acordo da CEDEAO,

Ora sabendo que a CEDEAO, como foi referido logo no início, terá solicitado à União Africana, à Comunidade dos Países de Língua Portuguesa – e aqui, Angola e João Lourenço poderão ter um pepel importante dada a aproximação que, ancestralmente, têm com o PAIGC e, agora, parece, com JOMAV –, à União Europeia e às Nações Unidas para apoiarem uma "aplicação eficaz das sanções", aguardemos por o dia de amanhã ou por algum comunicado que a CEDEAO hoje possa emitir a confirmar a aceitação ou não de Artur Silva!

Até lá, “Quo Vadis Guiné-Bissau”?!

13 janeiro 2018

O paradoxo da África Austral e a Cimeira da União Africana

Sou citado neste artigo de Ana Sousa, no Vanguarda nº 50, edição de 12 de Janeiro de 2018, na página 34. A minha contribuição verificou-se por via electrónica, dado a autora, estar, na altura, em Angola.

NOTA: O Vanguarda sai, também em Portugal, como suplemento da edição do semanário português Expresso.



Os 100 dia de João Lourenço no "Radar Magrebe Lusófono #12"


Sou citado, como analista e investigador do CEI-IUL, neste artigo do Investigador e Politólogo Raúl Braga Pires, para a sua página da VOA, "Radar Magrebe Lusófono".
A percepção relativamente a Angola é a de que o novo Presidente vai primeiro arrumar a casa, para depois se concentrar na inagem e no envolvimento do pais a nivel externo. (Artigo do Politólogo Raúl M. Braga Pires)
A percepção nas diversas chancelarias Mundo afora, relativamente a Angola, é a de que o novo Presidente está primeiro a arrumar a casa, para depois se concentrar no Política Externa. Aliás, a recente e inédita conferência de imprensa dada por este, poderá muito bem marcar a fronteira entre as prioridades do momento e as futuras.
Quanto à Política Externa, Angola, tradicionalmente não costuma fazer muito alarido, nem ter mudanças radicais, segundo o Africanista e Investigador luso-angolano Eugénio Costa Almeida (CEI-ISCTE)...  (continuar a ler em: https://www.voaportugues.com/a/radar-magrebe-lusofono-angola-100-dias-passaram-100-que-virao/4205444.html)

03 janeiro 2018

O ano 2017 em África para a RFI - minha intervenção



A minha intervenção para a secção em língua portuguesa da RFI - Radio France Internationale (ou um pequeno apanhado de uma intervenção anterior, ocorrida em entrevista, efectuada em 13 de Dezembro, e difundido a 30 de Dezembro) vai dos 2:24 a 4:13 minutos; relaciona-se com Angola e a eleição de João Lourenço.

No final a jornalista Liliana Henriques (re)identifica os analistas que intervieram (sendo que cada um com a sua parte de intervenção)​.