Agostinho Lopes, líder do Mpd, o maior partido da oposição, de Cabo Verde, afirmou nos EUA que era tempo de acabar com a paternidade individualizada da independência de Cabo Verde.
Segundo aquele líder(?) cabo-verdiano, numa entrevista ao programa radiofónico Porton de Nôs Ilha, da comunidade cabo-verdiana em Brockton, MA, e citada pela Semana Online, o pai da independência da Guiné-Bissau e de Cabo Verde teria sido mais um entre os inúmeros cabo-verdianos que lutaram pela Pátria crioula.
Ainda de acordo com Lopes, Cabo Verde nasceu de uma da vontade de uma única personalidade; o povo cabo-verdiano.
Para ele, Amílcar Cabral, que Basil Davison terá considerado como o maior líder africano, a par de Agostinho Neto e de Nelson Mandela – num ranking imaginário - teria sido um mero impulsionador na sequência de um caminho de encontrou e desbravou.
Como será evidente a comunidade crioula nos EUA, que continua a pautar pela paternidade cabralina, não ficou nada satisfeita.
Provavelmente, também os guineenses não se sentirão descansados.
E já agora, nem nós, os outros africanos, para quem Amílcar Cabral, continua a ser o grande líder que mostrou que a sã convivência entre povos era possível, apesar das diferenças políticas – consta que quando em no final da década de 50 teria vindo a Portugal propor a autonomia africana, Salazar não permitiu que a PIDE o detivesse -, nos sentimos tranquilos quando líderes partidários, com a natural apetência para o poder dizem destes “dispalates”.
Por este andar e com afirmações destas, creio que o PAICV e o seu líder poderão comprar novas mobílias para o Palácio governamental, porque tão cedo não devem sair de lá.
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