Dois anos se passaram desde que a Unita e as FAA’s terminaram com uma estúpida e sangrenta guerra fratricida.
Dois anos se passaram e o país parece não evoluir como desejávamos. Compreende-se que os caminhos do progresso não se fazem num estalar de dedos.
Mas dois anos passados e as minas, infelizmente, continuam a ceifar vidas e estropiar pessoas que se querem válidas para o desenvolvimento.
Dai que o balanço foi hoje apresentado pela Comissão Nacional Intersectorial de Desminagem e Assistência Humanitária (CNIDAH) não seja o mais desejável. Só nos três primeiros meses deste ano, já morreram vinte pessoas e cinquenta e dois ficaram feridos Neste mesmo período foram removidas cerca de centena e meia de minas, entre anti-pessoal, anti-tanque e outros engenhos explosivos.
Só em 2003 foram controladas pelas empresas de desminagem cerca de 280 quilómetros de estrada e identificados dois mil e 300 campos de minas de alto risco, num total de área desminada de um milhão de hectares. Foram removidas e destruídas 1170 minas anti-pessoais 101 anti-tanques e cerca de 7000 outros engenhos explosivos.
Ainda de acordo com a CNIDAH, é vontade das autoridades angolanas que até 2010 as áreas de maior risco estejam totalmente desminadas.
Até lá as nossas populações continuarão a sofrer e, algumas, morrem devidos a ingestão de plantas venenosas, pela falta de alimentos e pela insegurança nos terrenos agrícolas.
Até quando?
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