Já agora, permitam-me, responder por esta via a uns quantos absurdos comentários, a maioria, para não variar porque a cobardia vê-se nestas alturas, sob forma anónima, que li no Club-K devido ao recente artigo publicado no Notícias Lusófonas, de 24 de Dezembro pp, sobre este assunto e citado naquele insigne portal angolano.
Um dos comentários – e é o único que me merece uma análise – foi de alguém que vive e, ou, fala português do Brasil.
O referido comentador anónimo questionava a minha ortografia mostrando desconhecer que existem duas formas ortográficas de escrever o Português. E se existem devem-no aos dirigentes políticos luso-brasileiros e aos academistas dos dois países.
Esquecem-se que existe o português do Brasil e o outro português, aquele que é adoptado pelos outros sete países lusófonos.
Uma das críticas que o tal comentador fez prende-se com o meu nome. Para ele nem o meu nome sei escrever porque escrevo com acento agudo em vez de acento circunflexo, ou “chapéu” como ele escreve. De facto o meu nome escreve-se com acento agudo. Fui registado num país que usa esta forma de escrita e não a escrita brasil-portuguesa; ou seja, escreve-se “Eugénio” e não “Eugênio”.
Provavelmente o corrector de escrita que tem é o do português (Brasil) e não o outro, o português (Portugal) como aparece no sistema “Windows”.
Está mal, admito que sim. Mas então questionem os políticos e os académicos (e não acadêmicos, que também está correcto) a ratificarem, de vez, o Acordo ortográfico, deixando-se de pruridos estúpidos!
Depois questionava porque depois de reticências (…) escrevia em minúsculas e não começava com maiúscula. O comentador demonstra desconhecer a língua portuguesa seja ela de escrita brasileira seja de escrita dos restantes lusófonos. Senão saberia que as reticências no meio de uma frase servem para fazer uma pausa ou para pensar sem que, no caso, a frase deixe de ter continuidade. Era o caso.
Não estou livre, como qualquer outro escritor ou analista de fazer erros. Por vezes o corrector automático altera sem que disso possamos ver. Mas procuro não o fazer. Não sou, nem disso tenho essa pretensão em ser infalível.
Mas podem e devem comentar.
Serve para aquilatar da nossa capacidade em fazer chegar as nossas opiniões junto dos leitores. Mas também deve servir, principalmente, para exprimirem as vossas insatisfações e as vossas achegas e não para dardejarem o vosso veneno inócuo, diga-se, e sem qualquer sentido porque o Club-K merece mais respeito por aquilo que tem procurado fazer junto da comunidade angolana a que pertenço por inteiro direito gostem ou não da minha chipala branca.
Apesar de nunca ter autorizado ao Club-K o direito de reproduzir os meus escritos tenho de reconhecer que ao contrário de muitos outros – e alguns supostamente mais respeitáveis, supostamente, dizia – é o único que cita sempre – repito, sempre – a fonte de onde extrai os artigos
Honra seja feita ao Club-K e aos seus editores.
Um Bom Ano de 2008 para o Club-K e todos os leitores.
Publicado no Club-K , de 31 de Dezembro de 2007, sob o título "Correspondente da Rádio Ecclésia condenado e um esclarecimento aos comentadores no Club-K" e que pode ser lido também aqui.
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