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04 junho 2015

A Grécia e o impasse negocial da sua dívida e efeitos político-militares

(imagem via Google-mapas)

Segundo alguns órgãos de comunicação social portugueses, nomeadamente na área da Economia, afirmam que a Grécia terá solicitado, ao FMI, um adiamento dos pagamentos das tranches intermédias a este organismo, e pagar a totalidade do montante na prestação do final do mês de Junho, no total de cerca de 1.500 milhões de €uros.

As negociações, quer com o FMI – ainda há dias a sua directora-geral, Christine Lagarde, afirmava que tinha convicção de que a Grécia iria pagar, esta sexta-feira os 300 milhões de euros, que deve ao FMI –, como com a UE, está num impasse sem precedentes. Os gregos não querem mais imposições económicas impossíveis de serem aceites pelo povo grego, conforme foi expresso nas últimas eleições legislativas, como parecem sentir pouca solidariedade dos seus parceiros sedeados em Bruxelas.

Mais do que estarem, eventualmente, a criar enormes e incómodos entraves financeiros à Grécia, as Instituições credoras, principalmente a União Europeia (UE) e o FMI, estão a empurrar os gregos não só do €uro, como da EU, mas, e principalmente, estão colocar em causa uma Organização político-militar muito importante no seio do hemisfério norte, a OTAN/NATO (ou dito, o Ocidente).

Segundo já li, algures, creio que já este ano, os EUA avisaram a UE da necessidade dos europeus terem bom senso com a Grécia, precisamente, por causa da NATO.

Os norte-americanos, por certo, não gostariam de ver os gregos entrarem em bancarrota e se aproximarem, talvez em demasia, quer de Russos, quer de Chineses – embora estes já estejam bem instalados na Europa através de significativos investimentos financeiros –, numa zona tão sensível como é o Mediterrâneo bem como da proximidade do Canal do Suez.

Aqui nem a Turquia, que mostra, por vezes e não poucas vezes, estar em situação de catavento conforme as conveniências e posições políticas do momento, poderiam valer aos ocidentais.

Ora, é claro que a posição estratégica da Grécia, e uma inclinação para quem melhor a pode valer, poderia tornar insustentável aquele “desvio” político-económico com, para o Ocidente, evidentes, possíveis e pouco apelativas, sequelas políticas e militares.



Por certo que os senhores da Washington DC como da NATO, estarão a olhar, apreensivos para esta situação e terão de tomar as necessárias precauções para evitar que a bancarrota com os efeitos, já referidos, que a mesma poderia provocar.

Rreproduzido no portal Pravda.ru (http://port.pravda.ru/mundo/06-06-2015/38817-grecia_impasse-0/), em 6/Jun./2015 e reproduzido no blogue Página Global.

01 novembro 2011

E a 31 acabou, ou foi um grande 31?...

(da Internet)

A 31 de Outubro a OTAN/NATO terminou, na Líbia, a sua operação de humanização para que tinha sido mandatada pelo Conselho de segurança da ONU, pela resolução 1973/2011, e o apoio da Liga Árabe.

Mas será que a Operação militar só teve impacto na Líbia? Ou será que também teve, e acentuadamente, um forte impacto no seio desta Organização político-militar (de defesa e não de ataque que defesa de interesses euro-ocidentais houve face à Líbia?).

Recordemos que só 12 dos seus 28 Estados-membros é que participaram nos custos operacionais e militares enquanto duraram os sete meses da intervenção. E daqueles só três, e inicialmente, tiveram uma participação activa no desenrolar da mesma: os EUA – que logo se retiraram – a França e o Reino Unido; por sinal, estes dois são quem, mais recentemente, mais se aproximaram do autocrata e déspota governante líbio Muammar Kadhafi.

Será por que, como sublinhava o filho do ditador, Saif al Islam Kadhafi, se ele falasse muita coisa poderia ser dita e muita tinta seria debitada nos jornais e muita cor nas televisões?

Esperemos que se e quando for apanhado não tenha logo o mesmo destino que o seu Pai.

Seria interessante o que Saif al Islam pudesse apresentar a sua versão no TPI.

Será que deixam?...

13 junho 2005

OTAN no Sudão.

Depois do Afeganistão, a OTAN volta a sair das suas naturais fronteiras, ou seja, do eixo-euro-atlântico.
Agora, sob a capa da protecção humanitária – que se saudaria não fosse a região ser riquíssima em petróleo – a OTAN/NATO vai para o Darfur, Sudão, sob a complacência da ONU.
Numa primeira fase, aquela que foi já aprovada, será através do apoio aerotransportado, já em Julho, às forças africanas de PAZ, na região. Mais tarde poderão seguir forças militares, a maioria das quais, estacionadas no Afeganistão.
Esperemos que seja para realmente acabar com aquela martirizada sub-vida com que os povos de Darfur continuam a sofrer (sobreviver).
Pelo menos, começaram bem. O Sudão não reconhece mérito ao Tribunal Penal Internacional para julgar os carniceiros e quejandos que perseguem os povos de Darfur. Para eles só os tribunais sudaneses são válidos para tal.
Não foram, também, os EUA que rejeitaram competências ao TPI?


Feito em 12.Junho.2006