Há 11 anos numa escura esquina da antiga Rua Direita de Luanda era assassinado um Jornalista que amava mais que a sua própria vida, a dignidade angolana.
Ricardo de Mello, na altura director do Imparcial Fax, foi assassinado porque queria que o Jornalismo angolano e a dignidade humana se sobrepusessem aquilo que outros procuravam imperar: impedir que Angola fosse um País, uma Nação, com credibilidade do areópago internacional dos Grandes Estados.
Morreu um Homem, não morreu o Jornalismo angolano; como, de certa forma, relembra Jorge Eurico num artigo no Notícias Lusófonas sobre o assunto.
Só um lamento. Onde estão os assassinos e quem foram os efectivos mentores de tão vil acto.
2 comentários:
Parece que a moda portuguesa pega em muito lugar. Depois de morto passa a ser tudo herói. Dizem nas minhas berças que "depois de morto, até se vale ao rabo", dito que nunca percebi muito bem, mas que deve andar perto do que quero dizer.
Na verdade, eu, que conheci muito bem, em Lisboa, após o meu regresso em 1981, o Ricardo de Melo, não estou muito de acordo com o Eugénio.
Do que eu sei da sua estada em Angola é que se tinha metido - não tenhamos medo das palavras - em tráfico de notícias. Possivelmente teria entrado em contacto com pessoas erradas, com propostas erradas... e depois foi o que foi.
Não quero dizer que as gentes do MPLA não eram capazes de lhe perpetrar uma vingança, mas a verdade é que também sempre houve muita gente a vestir-lhe a pele, para depois tudo ficar na mesma, e ficarem as investigações para as calendas.
Rodrigues Vaz
Obrigada Eugenio...por te lembrares...
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