Cristo-rei, na Senhora do Monte, Lubango; © foto desconhecida e retirada daqui.
Um italiano, Luigi Cascioli, levou a um tribunal do norte de Roma um padre, Enrico Righi, por este afirmar que Jesus existiu de facto (a matéria pode ser lida toda n’ A Tribuna do Mato Grosso).
De acordo com a acusação não estará em causa a existência de Jesus, como tal, mas o facto da igreja católica estar a aproveitar-se desse hipotético facto para violar duas leis italianas: “..."abuso de crença popular" na qual alguém engana fraudulentamente as pessoas; e "personificação", quando alguém obtém ganhos atribuindo um falso nome a alguém”.
Apesar da polémica - e sei que isto irá causar imensa polémica - que este facto causará, não só na Igreja Católica, como em todas as Igrejas Cristãs, e mesmo na Islâmica, onde Cristo é reconhecido como um Profeta - e atenção que o acusador fala e questiona sempre "Jesus" e nunca "Cristo" -, por mim, e só falo por mim, não me preocupa como é que um ateu e um padre católico conseguirão dirimir as suas ideias teológicas. O que me cria expectativa é ver como o juiz italiano, Gaetano Mautone, irá julgar esta questão e se terá condições para tal.
Não tenhamos dúvidas. Qualquer que seja a sua decisão essa será sempre objecto de inúmeras críticas. Pena haver quem se aproveite de dogmas para obter ganhos e relevos públicos.
Uma nota complementar. O acusador, já prevendo a derrota da sua acusação ameaça ir para o Tribunal Europeu dos Direitos Humanos.
Ou seja, uma matéria para dar e durar.
Sei que isto vai criar polémica. Mas também não é da polémica que as verdades emergem ou cimentam.
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