José Eduardo dos Santos surpreendeu meio mundo político ao divulgar numa reunião ordinária do “politburo” do MPLA que iria solicitar ao Supremo Tribunal que analisasse a necessidade de se efectuar, ou não, a segunda volta das eleições presidenciais que deveria ter ocorrido há doze anos, desta feita entre ele, primeiro posicionado, e António Neto, o terceiro do escrutínio, pela morte de Savimbi, o então segundo mais votado.
Ou seja, quando o sistema político parecia entrar nos “eixos” com a marcação das eleições legislativas, a perspectiva da aprovação da nova Lei Constitucional e as eleições presidenciais eis que JES dá uma de Mestre para poder perpetuar a sua permanência no poder.
Senão, atentemos.
Caso o Supremo confirme a necessidade de se realizar a segunda volta, - não sei se será legal, mas legítimo será – o vencedor terá todo o direito de permanecer no como inquilino do Fetungo durante uma magistratura, ou seja, cinco anos.
Assim, JES que deveria sair dentro de, mais tardar, dois anos – não prospectivo que se recandidatasse a mais um mandato – eis que encontra um renovado interesse pela manutenção, em princípio legal e legítima, do cargo de mais alto Magistrado da Nação.
É que não vislumbro uma vitória de Neto, em qualquer dos casos...
Mesmo que social e politicamente esta eventual segunda volta seja um perfeito absurdo, como o já tinha afirmado, anteriormente, por duas vezes, tenho de reconhecer que esta foi um coelho tirado da cartola.
Digam lá se não é de Mestre?
1 comentário:
De mestre? Sim de autêntico Darth Vader- um mestre do mal, da lado negro- Tenebroso.
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