(alguém, hoje em dia, prescinde deste meio poluidor?)
Em Copenhaga decide-se(?!) se vai haver um “bom polícia” (cop) ou se, pelo contrário, os “ladrões” continuarão a manter a sua posição de “quero, posso e mando”, ou seja, todos poluem e a culpa morre solteira.
E porque é em Copenhaga, onde todos têm culpas nos desmandos que se fazem pelo Mundo, principalmente, na produção excessiva de dióxido de carbono, na super-utilização de recursos naturais, em particular nos hidrocarbonetos e na delapidação dos recursos hídricos e das madeiras, que comprovamos que todos estão a tentar se apresentar como polícias de um Mundo mais “verde” embora sob a hipócrita ironia das compensações financeiras.
E nisto, particularmente, a América Latina e a África, são dos mais responsáveis, embora seja certo que é o Mundo dito industrializado quem mais polui devido à sua enorme capacidade de criar produtos poluentes ou que originam poluição.
Mas também é verdade que muitos dos produtos protopoluidores são produzidos em África, na América Latina e na península arábica – petróleo – ou em África e na América Latina – destruição das florestas – sob o “auspício” dos milhões de divisas que entram (será?) nos cofres do tesouro público dos países exportadores.
Mas também recordemos que são muitos os países ditos emergentes que muito contribuem para a poluição e menor qualidade de vida desta Casa – a única que ainda é formalmente reconhecida como tal – a que chamamos Terra!
Quantos dos BRIC e dos muitos potenciais “brics” não são, hoje em dia, o local de fabrico, em grande parte devido à mão-de-obra muito mais barata e “calada”, de muito material poluidor. As vantagens fiscais e económicas que os países emergentes oferecem aos grandes empórios financeiros e industriais compensam essa deslocação. Por outro lado, os países emergentes e os em vias de desenvolvimento descobriram uma nova fonte de divisas que é a venda de parte da sua quota de CO2 aos países mais poluidores, nomeadamente, a China, os EUA, a Índia, a Austrália, a Rússia e a União Europeia.
Mas se estes são os mais poluidores é da China que vêm as maiores críticas e os maiores apelos para a contenção da emissão dos gáses de efeito de estufa, ou seja, do dióxido de carbono.
É louvável a sua preocupação com os países emergentes ou menos desenvolvidos. Só que faz-me recordar os anos 60/70 e parte dos anos 80 do século passado quando a antiga URSS provocava as manifestações anti-nuclear enquanto se reforçava seriamente nesse campo como veio comprovar – e mal, infelizmente – Chernobyl, na Ucrânia.
É interessante ver como a China, reconhecidamente a que mais contribui com cerca de 40% de emissões mundiais, segundo algumas fontes, para a deterioração do nosso meio ambiente, se perfila como o grande paladino dos mais fracos e da defesa das utópicas indemnizações pedidas pelos países africanos.
Não esqueçamos quem é o mais comprador de hidrocarbonetos do Mundo – que o digam Angola e Sudão –, quem mais rios poluídos tem dentro do seu território, ou quem mais madeiras compram e quem mais indiscriminadamente destrói matas e florestas – recordam-se disso, por certo, os moçambicanos – para o desenvolvimento das suas indústrias e imobiliário?
É interessante ver – ouvir – nos jornais televisivos a defesa que os delegados chineses fazem em nome do meio ambiente, desviando, parece, os holofotes de si e dos Direitos Humanos não cumpridos para terceiros.
Mas será que os chineses já atingiram o patamar que almejam para estar a um mesmo nível que os EUA, um Japão ou mesmo uma Rússia? Ou será que, tal como na antiga URSS, os Chineses querem que o resto do Mundo se atrase em estéreis debates enquanto eles avançam mesmo com a qualidade que todos reconhecem não ter.
Há que defender a nossa Casa! Mas devemos fazê-lo com respeito por todos os que nela coabitam. Não basta invectivar os vizinhos do lado direito, da frente, das traseiras ou do lado esquerdo exigindo mais limpeza se nós próprios não o fazemos devidamente.
Há que ter moral e recordar que o Homem não é o único condómino desta Casa nem o único com capacidade para a transformar.
Talvez tenha muita capacidade para a (má) transformação mas os outros parecem ter melhor capacidade para a adaptação. Aquela que parece fugir, cada vez mais, aos Homens que sabe viver em permanência na corda bamba como o recorda a cada passo.
Mas o Homem parece esqueceu que os animais mais depressa conseguem prever tsunamis, sismos, fogos – ou seja, alterações climáticas extremas – e procurar melhores locais de sobrevivência, que as plantas e sementes podem sobreviver durante largo tempo na escuridão e depois desabrochar esplendorosas, enquanto aquele se acomodou ao que está tendo com as consequências quase sempre muito nefastas porque parece ter perdido a verdadeira capacidade de mudar e transformar.
Pode ser que, quando os líderes dos maiores poluidores se reunirem na próxima sexta-feira, já o Mundo tenha concordado em pontuar o COP15 e não necessite de um eventual "COP15bis" como ainda antes de começar este conclave de Copenhaga o líder da ONU, Ban Ki-moon, já previa poder acontecer; pode ser que Quioto seja colocado num pedestal como recordação do que não se deve negociar e Copenhaga o princípio da recuperação física da Terra!
Essa é a minha (e, por certo, provavelmente de todos nós) esperança... e que isto nunca aconteça!
E porque é em Copenhaga, onde todos têm culpas nos desmandos que se fazem pelo Mundo, principalmente, na produção excessiva de dióxido de carbono, na super-utilização de recursos naturais, em particular nos hidrocarbonetos e na delapidação dos recursos hídricos e das madeiras, que comprovamos que todos estão a tentar se apresentar como polícias de um Mundo mais “verde” embora sob a hipócrita ironia das compensações financeiras.
E nisto, particularmente, a América Latina e a África, são dos mais responsáveis, embora seja certo que é o Mundo dito industrializado quem mais polui devido à sua enorme capacidade de criar produtos poluentes ou que originam poluição.
Mas também é verdade que muitos dos produtos protopoluidores são produzidos em África, na América Latina e na península arábica – petróleo – ou em África e na América Latina – destruição das florestas – sob o “auspício” dos milhões de divisas que entram (será?) nos cofres do tesouro público dos países exportadores.
Mas também recordemos que são muitos os países ditos emergentes que muito contribuem para a poluição e menor qualidade de vida desta Casa – a única que ainda é formalmente reconhecida como tal – a que chamamos Terra!
Quantos dos BRIC e dos muitos potenciais “brics” não são, hoje em dia, o local de fabrico, em grande parte devido à mão-de-obra muito mais barata e “calada”, de muito material poluidor. As vantagens fiscais e económicas que os países emergentes oferecem aos grandes empórios financeiros e industriais compensam essa deslocação. Por outro lado, os países emergentes e os em vias de desenvolvimento descobriram uma nova fonte de divisas que é a venda de parte da sua quota de CO2 aos países mais poluidores, nomeadamente, a China, os EUA, a Índia, a Austrália, a Rússia e a União Europeia.
Mas se estes são os mais poluidores é da China que vêm as maiores críticas e os maiores apelos para a contenção da emissão dos gáses de efeito de estufa, ou seja, do dióxido de carbono.
É louvável a sua preocupação com os países emergentes ou menos desenvolvidos. Só que faz-me recordar os anos 60/70 e parte dos anos 80 do século passado quando a antiga URSS provocava as manifestações anti-nuclear enquanto se reforçava seriamente nesse campo como veio comprovar – e mal, infelizmente – Chernobyl, na Ucrânia.
É interessante ver como a China, reconhecidamente a que mais contribui com cerca de 40% de emissões mundiais, segundo algumas fontes, para a deterioração do nosso meio ambiente, se perfila como o grande paladino dos mais fracos e da defesa das utópicas indemnizações pedidas pelos países africanos.
Não esqueçamos quem é o mais comprador de hidrocarbonetos do Mundo – que o digam Angola e Sudão –, quem mais rios poluídos tem dentro do seu território, ou quem mais madeiras compram e quem mais indiscriminadamente destrói matas e florestas – recordam-se disso, por certo, os moçambicanos – para o desenvolvimento das suas indústrias e imobiliário?
É interessante ver – ouvir – nos jornais televisivos a defesa que os delegados chineses fazem em nome do meio ambiente, desviando, parece, os holofotes de si e dos Direitos Humanos não cumpridos para terceiros.
Mas será que os chineses já atingiram o patamar que almejam para estar a um mesmo nível que os EUA, um Japão ou mesmo uma Rússia? Ou será que, tal como na antiga URSS, os Chineses querem que o resto do Mundo se atrase em estéreis debates enquanto eles avançam mesmo com a qualidade que todos reconhecem não ter.
Há que defender a nossa Casa! Mas devemos fazê-lo com respeito por todos os que nela coabitam. Não basta invectivar os vizinhos do lado direito, da frente, das traseiras ou do lado esquerdo exigindo mais limpeza se nós próprios não o fazemos devidamente.
Há que ter moral e recordar que o Homem não é o único condómino desta Casa nem o único com capacidade para a transformar.
Talvez tenha muita capacidade para a (má) transformação mas os outros parecem ter melhor capacidade para a adaptação. Aquela que parece fugir, cada vez mais, aos Homens que sabe viver em permanência na corda bamba como o recorda a cada passo.
Mas o Homem parece esqueceu que os animais mais depressa conseguem prever tsunamis, sismos, fogos – ou seja, alterações climáticas extremas – e procurar melhores locais de sobrevivência, que as plantas e sementes podem sobreviver durante largo tempo na escuridão e depois desabrochar esplendorosas, enquanto aquele se acomodou ao que está tendo com as consequências quase sempre muito nefastas porque parece ter perdido a verdadeira capacidade de mudar e transformar.
Pode ser que, quando os líderes dos maiores poluidores se reunirem na próxima sexta-feira, já o Mundo tenha concordado em pontuar o COP15 e não necessite de um eventual "COP15bis" como ainda antes de começar este conclave de Copenhaga o líder da ONU, Ban Ki-moon, já previa poder acontecer; pode ser que Quioto seja colocado num pedestal como recordação do que não se deve negociar e Copenhaga o princípio da recuperação física da Terra!
Essa é a minha (e, por certo, provavelmente de todos nós) esperança... e que isto nunca aconteça!
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