(foto ©Truly Zâmbia)
Os zambianos decidiram escolher um novo presidente nas eleições presidenciais da passada terça-feira.
Michael Chilufya Sata, o “Rei Cobras”, líder da Frente Patriótica (PF), apesar de faltarem ainda 7 das 150 mesas de voto, já está confirmado como presidente eleito presidente, obtendo cerca de 43% dos votos dos eleitores zambianos à frente do até agora presidente (eleito nas recentes intercalares após a morte de Levy Mwanawasa) Rupaih Bwezani Banda, do Movimento pela Democracia Multipartidária (MMD), que não foi além dos 36%.
Esta foi a 4ª tentativa de Sata ascender ao poder. Na anterior tinha perdido precisamente para Banda por 2 pontos percentuais.
Sobre o heterónimo “Rei Cobra”, Sata deve-o à sua verborreia agressiva, nomeadamente, contra a presença chinesa no país e nos interesses africanos (começam mal as relações com os seus poderosos vizinhos ocidentais, daí que, provavelmente e por isso, só a terceira figura de Estado, o presidente da AN, Paulo Kassoma, é que vai estar presente na sua tomada de posse) e, pasme-se, admirador confesso da política de confisco de fazendas de Mugabe (bom, como Eduardo dos Santos não gosta de viajar e “Nandó” parece que vai fazer uma visita particular a Londres, já se entende agora a ida da 3ª figura, é um prémio pela simpatia a Mugabe).
O certo é que tem a simpatia de uma larga franja de zambianos, nomeadamente dos desempregados e daqueles (cerca de 70%) que, apesar do desenvolvimento da Zâmbia (cresceu mais de 7% em 2010, devido em grande parte à subida do valor do cobre), não auferem mais que 1 dólar/dia (onde é que já li isto ou semelhante?).
O certo é que a votação da passada terça-feira (desculpem mas ainda não me apresentaram, a fundo, o novo Acordo Ortográfico) foi supervisionada por instituições internacionais, em particular, a União Africana e a União Europeia (upsss!!) que deram como terem decorrido de forma “pacífica, transparente e correcta”.
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