Em nota a partir de Maputo, a African Press Organization (APO) citando um um relatório da Transparency International (TI), agora divulgado, dá-nos conta que a corrupção continua muito activa no cone sul de África, em particular, junto das forças que deveriam mais proteger as populações desse flagelo, os polícias.
No documento, há uma referência clara ao incremento da corrupção nos últimos 3 anos embora, sublinhe-se, existe uma maior consciência popular para combater esta praga. Como afirma a directora da TI para África e Médio Oriente, Chantal Uwimana, “(…)as pessoas já não toleram a corrupção e que têm de começar a reforçar as instituições fracas, em particular, a Polícia. As pessoas têm o direito de se sentirem protegidas pela Polícia e não assediadas” e para isso os Governos nacionais têm de acordar para essa importante verdade.
O documento consultou as pessoas sobre sectores específicos, nomeadamente: polícia, tribunais, alfândegas, registos e alvarás, serviços de terras, serviços médicos, impostos, utilitários e educação.
Das respostas havidas regista-se que em 5 dos países consultados, os inquiridos confiam mais no seu governo do que em organizações não governamentais, ou na comunicação social, nas organizações internacionais para o combate à corrupção. Somente no Malawi se confia tanto nas organizações não governamentais como no governo.
De notar, também, que nas respostas existe uma predominância de pessoas que mais contribuem para o crescendo da corrupção na RDC e na África do Sul, já que são forçados a pagarem subornos para verem os seus serviços avançarem.
De registar que a TI só se limitou a 6 países do cone sul, mais concretamente, à República Democrática do Congo (RDC), ao Malawi, Moçambique, África do Sul, Zâmbia e Zimbabué entre 2010 e 2011.
Das duas uma, ou só nestes países a TI pode entrar, ou só nestes países há indícios claros de corrupção.
É que parece se terem esquecido que Angola, Botswana, Lesoto, Namíbia e Suazilândia, por exemplo, também fazem parte da África meridional. Ou será que desconhecem? Ou, provavelmente, aí não existe nem sombras de corrupção…
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