foto J. Paulo Coutinho
No passado sábado, 19 de Novembro, como foi previamente divulgado e aproveitando a reapresentação do livro do jornalista
Estiveram na mesa, além de
Lamentável que sendo um tema que interessa a todos e, nomeadamente, àqueles que querem ir para a nossa Pátria angolana, acabassem por nos oferecer um quase desoladora sala nas magníficas e simpáticas instalações do Clube Literário do Porto. Mas como os que estão, por poucos que sejam, são os que interessam o Debate fez-se.
Por razões de ordem académica, já que a minha exposição será incluída num trabalho sobre Angola, não farei a transcrição integral da mesma neste espaço.
Contudo, posso e devo sintetizar a minha posição neste assunto.
Se historicamente há factos que levam, na minha perspectiva, e, unicamente, na minha perspectiva, a dar alguma razão aos defensores da secessão de Cabinda, política e juridicamente essa pretensão está totalmente longe da verdade e da actual realidade político-económica africana.
Mas, também, o que se passou na Líbia estava longe dos pensamentos dos africanos e…
Ainda assim, parece-me que foi importante este Debate que, sei e sabíamos, estava a ser “seguido” por algumas personalidades e alguns actores e sectores angolanos. Houve a participação pública e sincera de três dos presentes que deram o seu valioso contributo para o Debate, duas das quais, oriundos de Cabinda.
Pude dar a minha opinião. Vale o que vale e nada mais desejo!
Sinteticamente considero, como sempre considerei e nada parece demover esta minha humilde opinião, que Cabinda é parte integrante de Angola e, como tal, defendo que é um Província entre as nossas 18 províncias!
Mas se Cabinda é uma província, também concordo que é uma província que, pela sua descontinuidade geográfica e pela sua posição histórica no contexto formativo dos Estados africanos deve gozar de um Estatuto especial dentro da Pátria angolana. Ou seja, e porque não, ter um Estatuto de região autónoma ou federada dentro de Angola.
Só que para isso, todas as partes em intervenção devem se sentar frente a frente e discutir o problema. Porque há um problema social, político e militar em Cabinda. Não devemos escamotear isto sob pena de todos nós estarmos a esconder uma situação que pouco interessa ao País e à região.
Mas, também, para que este assunto seja correctamente resolvido, qualquer que seja o objectivo e desenlace final, deveremos alterar a Constituição para nela constar a nova posição do Enclave de Cabinda.
Recordo que a república portuguesa é una e indivisível e não deixa de ter duas regiões autónomas com autonomia política e financeira, mas subordinada às directrizes da república no que toca às relações internacionais e e políticas militares, e, nem por isso, a República é questionada!
Podem sempre servir de exemplo preparatório!
Assim queiram os nossos dirigentes!
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