De acordo com uma notícia da Rádio Deutsch Welle (RDW),
citando o Instituto de Economia e Paz, o Índice de Paz Global (GPI) é liderado
pela Islândia – como o país mais pacífico do Mundo (deve ser porque lá os políticos
respondem criminalmente) – com a África subsahariana a deixar, pela primeira
vez desde 2007, a cauda da tabela.
Ainda assim, e salvaguardando o facto de Moçambique estar
entre os primeiros 50 países mais pacíficos – está na posição 48 – vemos que há
outros países lusófonos que estão em relativa má posição.
São os casos de Angola e Guiné-Bissau, colados como gémeos na posição 95. Já agora de referir que Brasil está em 83º, à frente dos EUA (88º) que, por sua vez, está atrás da Guiné-Equatorial (87º!!!!). Cabo Verde, São Tomé e Príncipe e Timor-leste não estão contemplados nos 158 países analisados.
A posição de Angola permite extrapolar duas interpretações. Uns dirão que não é tão
mau assim, porque há cerca de 190 países e estaremos mais ou menos a meio (se
considerarmos que a Alemanha e Portugal ocupam, respectivamente, os lugares 15
e 16). Outros, talvez mais lúcidos, dirão que com os outros podemos bem e o que
necessitamos é de mais solidariedade, menos insatisfação popular, mas
redistribuição do capital e, “last but
not least” que as promessas sejam cumpridas.
Como é possível haver quem diga que os prés (salários;
vencimentos; ordenados) dos ex-militares (FAPLAs e FALAs) – desmobilizados pelos
acordos de Paz de 1992 – estão ser pagos quando é o próprio Estado-Maior que
reconhece, em comunicado, esse atraso.
Como é possível haver confrontos entre pessoas que só
desejam verem cumpridos os seus direitos – reconhecidos pelo Estado Angolano –
e as autoridades evocando não haver autorização de manifestações, esquecendo
estas, o artº 47 da nossa Constituição.
Tal como não ajuda a imagem de Angola as constantes demolições
de casas por motivos nunca cabalmente explicados quando uma das maiores
promessas eleitorais do partido do poder não foi cumprida: a criação de um milhão
de casas.
É certo que há promessas que só existem para eleitores
ouvirem porque são difíceis de serem exequíveis. Mas, ainda assim, só possíveis
algumas serem feitas – como foram, recordemos as novas centralidades – mas manda
o bom senso que só se espolie as pessoas das suas casas depois de outras
construídas. E não o que tem acontecido, nomeadamente, na Huíla.
Como recorda o padre Pio à jornalista Nádia Issufo da RDW “Apesar dos dez anos
de paz em Angola, insatisfação popular é grande e pode dar lugar a revoltas”. Que
isto sirva de bom conselheiro…
1 comentário:
Os Bissau-guineenses. além de autênticos suicidas, estão desisitindo às "prestações" (golpes de estado).
Agora já se deixam invadir por exércitos estrangeiros, e há traidores a receberem os invasores de braços abertos.
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