(Se é só isto o que lhe mostram, então tem razão! - foto da manif de 25/Set./2011, de autor desconhecido)
Ou o
senhor presidente José Eduardo dos Santos anda um pouco distraído da realidade
nacional ou os reports diários que
lhe fazem chegar às mãos, diariamente, não reflectem a realidade nacional.
Só assim
se entende e se estranha as palavras que o senhor presidente terá proferido
hoje.
Até
porque a primeira grande manifestação de que me recordo foi precisamente em
Luanda, num 1º de Maio (depois de um comício patrocinado pelo senhor Almeida
Santos na Cidade Alta) e levada a efeito pelo MPLA.
Diga-se
que também foi nesta que pela primeira vez vi algo que, isso sim, não era moda
ou eu nunca – sublinho NUNCA – tinha vislumbrado: um fortíssimo racismo por
parte dos meus compatriotas e contra uma pessoa não branca!...
E
voltando à questão das manifestações que, segundo o senhor Eduardo dos Santos, serão
só de “de grupos que até por enquanto não são numerosos que procuram
exprimir determinada vontade e determinados interesses” ou
que sejam resultantes de “modas, queremos imitar aquilo que os outros fazem, mesmo
muitas vezes esta imitação redunda em práticas negativas, em busca de modelos
que não se ajustam nem às nossas tradições, nem aos nossos hábitos”.
Como já
tinha referido ou o senhor presidente – que está a completar 33 anos de cátedra
nunca ratificada – anda distraído, ou os relatórios são omissos ou – já era
tempo de mudar de canal – só vê os noticiários restritivos da TPA.
Caso
contrário teria visto os últimos ajuntamentos da UNITA, nomeadamente e
principalmente, os de Luanda e Huambo. Se isto foram simples manifestações de
grupos o que dizer da ocorridas em Luanda, por exemplo, no mesmo dia
organizadas “espontaneamente” por seus indefectíveis!
Talvez
seja altura de arranjar outros assessores mais qualificados. Não esqueçamos que
3 (três) dias após o seu aniversário vão ocorrer – por mero acaso, claro – as eleições
legislativas (e conducentes à presidência) em Angola. seria uma prenda desagradável
se a vitória fosse vista só ao espelho…
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