(foto da Internet)
No
primeiro dia do mês nascia a minha segunda filha e, no ultimo dia, consagravam-se
vários meses de negociações entre a UNITA e o Governo da então República
Popular de Angola, liderada pelo MPLA naquilo a que se convencionou chamar de “Acordos
de Bicesse” rubricados por Jonas Savimbi e Eduardo dos Santos sob patrocínio
dos então primeiro-ministro português Cavaco Silva e do secretário de Estado da
cooperação e NE, Durão Barroso.
Era o
culminar de meses de conversas e conversas entre os dois principais beligerantes
da crise militar de Angola.
Recorde-se
que o primeiro grande encontro público entre as duas partes – que já indiciava
que algo andava para acontecer – ocorreu na sessão final do I Encontro da Diáspora
Angolana em Portugal.
Lembro-me
que nesse dia, estava eu sentado com uma ilustre e simpática personalidade – na
altura reconheci mas não me recordava de onde – ao meu lado quando os membros
oficiais da UNITA entravam no recinto e sentavam-se na primeira fila logo
seguidos da representação oficial de Angola que se sentou numa das coxias sob
os fortes aplausos dos participantes no Encontro.
Como me
recordo também as palavras do meu “colega de assento” dizer, mais ou menos e
entre outras matérias de interesse mais pessoal, que isto era os Angolanos no
seu melhor e o início de uma nova era para o País.
Mais
tarde compreendi as palavras ao ver a sua foto na imprensa. O “meu colega” era
o cardeal D. Alexandre do Nascimento.
Como ele
tinha razão embora esta só chegasse, definitivamente, muito mais tarde!
NOTA: Este texto foi escrito para ser publicado no dia 31 de Maio, mas razões técnicas só me permitiram colocá-lo hoje!
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