Esta manhã, mais concretamente no fim da manhã, ocorreu
mais uma manifestação – para não variar, uma não autorizada pelo GPL (se ainda
fosse do partido maioritário, nem havia necessidade de se colocar a questão de legalidade,
mas como não é…) – levada a efeito pelos antigos militares desmobilizados que
continuam a aguardar o pagamento dos seus vencimentos, alguns dos quais,
remontam a 1992!!!
Como não estava autorizado houve intervenção policial e de
acordo com as notícias recebidas da capital da Kianda havia não só movimentações
e algum atrito com os manifestantes como terá havido disparos.
Segundo parece tudo terá começado na Maianga (conforme se
percebeu pelas várias informações rápidas e algumas com caris de séria
preocupação que se leu na rede social facebook e depois confirmados em emails).
E a situação deve estar mais crítica do que se pode
especular, para o correspondente da RTP em Luanda, Paulo Catarro, se ter referido
ao assunto logo na abertura do programa noticioso “Repórter” da RTP-África...
Mas o que vale, é que nas suas palavras, e contrariando o
que se diz e afirma no FB e os emails que tenho recebido, últimos dos quais há
menos de 5 minutos, já está tudo bem e calmo.
Parece o habitual capachismo tuga a tudo o que cheire a Poder...
Não me parece que seja um bom indício em vésperas de
eleições.
Tal como, desde logo não foi de bom senso o comunicado do
Estado-Maior relativo a uma eventual presença de forças políticas junto
daqueles ex-militares!
Há muito dinheiro nos cofres da Fazenda Pública. Logo é
altura dos prés dos soldados, mesmo – e por isso mesmo – que seja
desmobilizados, independentemente da sua origem partidárias – as duas antigas
forças estão mobilizadas pelo mesmo objectivo – devem ser imediatamente
liquidados.
Seria uma mais valia para a estabilidade necessária em vésperas
de eleições!
2 comentários:
Caro Eugénio,
Com base no artigo 47 da lei magna angolana, manifestações não carecem de "autorização" mas sim de uma notificação prévia. Dizer que a manifestação não foi "autorizada" é insistir num erro jurídico-legal. Não quero com isso apontar-lhe o dedo, mas sim chamar atenção a uma linguagem perigosa que vejo em muitos canais de notícias e não só, que acabam por confundir o cidadão.
Um abraço
Caro Cláudio Silva, obrigado pela chamada de atenção.
Por vezes entramos no erro, mesmo que por "simpatia" mas é para isto que servem os comentários: corrigirem-nos quando necessário.
Uma vez mais obrigado e cumprimentos
Eugénio Almeida
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