"Quantas
vezes não ficamos pegados aos televisores a apreciarmos, embevecidos pela sua
vontade indómita de aprender e evoluir, as nossas crianças agarrados às suas
ardósias ou cadernos de ocasião, nas escolas de céu-aberto soba as protectoras
copas de mulembeiras ou sob os braços fortes e carinhosos de um qualquer
imbondeiro.
E
quantas vezes pensamos e clamamos como é possível que no nosso país ainda
perdurem escolas destas e as nossas crianças tão pouco bem servidas de material
escolar e académico.
Não,
hoje não vou abordar nada que se possa definir como uma análise político ou
social – apesar de que haverá muito para falar, nomeadamente, sob as polémicas
com as inscrições dos partidos e coligações políticas para o pleito eleitoral
do próximo dia 31 de Agosto; haveria, mas isso fica para os editores e
excelentes jornalistas deste órgão de informação.
Hoje,
se me permitem, vou abalroar a nossa substancial e anacrónica subserviência e
dependência aos modernos meios tecnológicos.
Há
muito que o meu portátil precisava de ser limpo, relimpo e de ter o algodão
como prova da sua limpeza. Desde que o comprei, e já lá vão uns bons anos, que
é a minha mão direita e esquerda e, por vezes e em alguns casos, até deixo que
pense por mim, nomeadamente quanto à escolha de algumas palavras. É mais fácil,
é mais rápido e menos pesado que aqueles calhamaços a que chamamos de
dicionários. (...)" (continuar a ler aqui)
Publicado no semanário Novo Jornal, edição 232 - 1º caderno, de hoje, página 23,
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