29 junho 2012

O regresso à ardósia


"Quantas vezes não ficamos pegados aos televisores a apreciarmos, embevecidos pela sua vontade indómita de aprender e evoluir, as nossas crianças agarrados às suas ardósias ou cadernos de ocasião, nas escolas de céu-aberto soba as protectoras copas de mulembeiras ou sob os braços fortes e carinhosos de um qualquer imbondeiro.


E quantas vezes pensamos e clamamos como é possível que no nosso país ainda perdurem escolas destas e as nossas crianças tão pouco bem servidas de material escolar e académico.

Não, hoje não vou abordar nada que se possa definir como uma análise político ou social – apesar de que haverá muito para falar, nomeadamente, sob as polémicas com as inscrições dos partidos e coligações políticas para o pleito eleitoral do próximo dia 31 de Agosto; haveria, mas isso fica para os editores e excelentes jornalistas deste órgão de informação.

Hoje, se me permitem, vou abalroar a nossa substancial e anacrónica subserviência e dependência aos modernos meios tecnológicos.

Há muito que o meu portátil precisava de ser limpo, relimpo e de ter o algodão como prova da sua limpeza. Desde que o comprei, e já lá vão uns bons anos, que é a minha mão direita e esquerda e, por vezes e em alguns casos, até deixo que pense por mim, nomeadamente quanto à escolha de algumas palavras. É mais fácil, é mais rápido e menos pesado que aqueles calhamaços a que chamamos de dicionários. (...)" (continuar a ler aqui)

Publicado no semanário Novo Jornal, edição 232 - 1º caderno, de hoje, página 23, 

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