15 junho 2012

No Egipto, Tribunal Constitucional dá golpe?


(da Internet)

Depois de ter sido aceite como válida a candidatura à presidência de Ahmed Shafiq, um antigo membro (primeiro-ministro) do Governo de Mubarak e confirmada a mesma candidatura à segunda volta pelo Alto Tribunal Constitucional egípcio – que revogou a “Lei de Isolamento Político”, que proibia antigos altos funcionários do regime de Hosni Mubarak de participarem em eleições presidenciais.

De notar que a segunda volta das eleições presidenciais que têm como candidatos Shafiq e , Mohammed Mursi, candidato da Irmandade Muçulmana, vencedor da primeira volta, realizam-se amanhã, sábado, e domingo.

Mas se Aquele Tribunal que sancionou a candidatura de Shafiq, com a revogação da referida Lei, está a dar mostras de parecer querer estar a dar um golpe de Estado jurídico-palaciano.

De facto, ontem o Alto Tribunal Constitucional anulou e considerou inconstitucional o Parlamento saído das últimas legislativas devolvendo o poder legislativo e governativo ao Conselho Militar que dominou o país após a queda de Mubarak.

Ora as manifestações na Praça (Tahrir) Tarik vão, por certo, intensificarem-se não só porque muitos não aceitam a presença de antigos membros dos governos de Mubarak como candidatos ao Poder como, agora com o apoio dos Irmãos Muçulmanos, vencedores das legislativas – mesmo que sem maioria absoluta –, irão aumentar esses protestos.

Depois dos recentes movimentos contestatários na Tunísia e das confusões – previsíveis, embora menos do que seriam expectáveis – na Líbia, volta a Primavera Árabe a desencadear mais protestos.

Com isto, Assad, na Síria, pode respirar um pouco mais livremente porque o ocidente deseja, primeiro que tudo, estabilizar as crises sociais e políticas no Norte de África.

Têm maior impacto na economia e na estabilização do sul da Europa…


E em África os golpes de Estado persistem...

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