(da Internet)
Depois de ter sido aceite como válida a candidatura à presidência
de Ahmed Shafiq, um antigo membro (primeiro-ministro) do Governo de Mubarak e confirmada
a mesma candidatura à segunda volta pelo Alto Tribunal Constitucional egípcio –
que revogou a “Lei de Isolamento Político”, que proibia antigos altos
funcionários do regime de Hosni Mubarak de participarem em eleições
presidenciais.
De notar que a segunda volta das eleições presidenciais que
têm como candidatos Shafiq e , Mohammed Mursi, candidato da Irmandade
Muçulmana, vencedor da primeira volta, realizam-se amanhã, sábado, e domingo.
Aquele Tribunal que sancionou a candidatura de
Shafiq, com a revogação da referida Lei, está a dar mostras de parecer querer estar
a dar um golpe de Estado jurídico-palaciano.
De facto, ontem o Alto Tribunal Constitucional anulou e
considerou inconstitucional o Parlamento saído das últimas legislativas
devolvendo o poder legislativo e governativo ao Conselho Militar que dominou o
país após a queda de Mubarak.
Ora as manifestações na Praça (Tahrir) Tarik vão, por certo,
intensificarem-se não só porque muitos não aceitam a presença de antigos
membros dos governos de Mubarak como candidatos ao Poder como, agora com o
apoio dos Irmãos Muçulmanos, vencedores das legislativas – mesmo que sem
maioria absoluta –, irão aumentar esses protestos.
Depois dos recentes movimentos contestatários na Tunísia e
das confusões – previsíveis, embora menos do que seriam expectáveis – na Líbia,
volta a Primavera Árabe a desencadear mais protestos.
Com isto, Assad, na Síria, pode respirar um pouco mais livremente
porque o ocidente deseja, primeiro que tudo, estabilizar as crises sociais e
políticas no Norte de África.
Têm maior impacto na economia e na estabilização do sul da
Europa…
E em África os golpes de Estado persistem...
E em África os golpes de Estado persistem...
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