"A Guiné-Bissau comemora –
ou comemoraria – hoje [24 de Setembro]
o seu 39º aniversário de independência.
Escrevo comemoraria, porque tal como o seu
vizinho Mali, está sob a "protecção" de terceiros que, aproveitando
um eventual Coup d'État – que muitos consideram uma oportuna e bem montada
intentona – se "apoderaram" da vida política, social e, principalmente,
militar do País.
De facto, tal como o Mali – com a grave
particularidade de este estar já cindido sem que a UA e a CEEAO nada
efectivamente façam – a Guiné-Bissau está sob domínio de pseudo-potências que
só conseguem manter o seu actual status quo através de patrocínios, com maior
ou menor evidência, de Golpes de Estado.
Quantas vezes o Senegal já tentou intervir,
directamente, nas questões Bissau-guineenses e das anteriores vezes que isso
aconteceu foi copiosamente derrotado?
Quantas vezes os vizinhos de Bissau tentaram impor
as suas regras políticas e de todas elas os guineenses aplicaram o chamado "xuto
no cu" aos potenciais "imperadores locais"?
Só o conseguiram agora através do patrocínio "descomplexado"
dos subservientes senhores que dominam a actual CEEAO e com o pouco discreto
beneplácito da União Africana.
Talvez que o 40º aniversário seja mesmo comemorado
e em plena liberdade!"
Publicado no Notícias Lusófonas - Colunistas, hoje.
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