As
recentes eleições em Angola mais do que confirmar as perspectivas que a maioria
dos analistas já manifestavam, serviu para legitimar, à terceira eleição (1992,
2008 e agora), a presidência de José Eduardo dos Santos.
Serviu,
igualmente, para acrescentar mais dúvidas, que certezas.
Dúvidas
quanto ao sistema eleitoral misto legislativas/presidenciais; dúvidas quanto
aos verdadeiros vencedores e perdedores; dúvidas quanto à efectiva validade do
acto eleitoral devido às anteriores makas da CNE e da FICRE.
A
certeza, só houve uma e mesmo essa eivada de dúvidas. A vitória de José Eduardo
dos Santos foi dele ou do partido? Como se poderá, também, questionar a vitória
do MPLA, e por valores bem menos significativos que na eleição de 2008, deve ao
partido ou à figura e carisma de dos Santos?
Tal
como a aparente derrota, ou pouca expressiva capacidade eleitoral, da CASA-CE
foi por ser nova, enquanto organização política, ou pelo facto de muita gente
poder admirar a primeira figura da coligação, mas desconhecer – ao contrário do
MPLA, e tal como na UNITA e restantes partidos e coligações, – quem seria a
possível segunda figura do Estado da coligação e, por isso, penalizou-os.
A
certeza que muitos eleitores terão sido penalizados pelas tais makas da
CNE/FICRE, muitas provadas e noticiadas, tais como não aparecerem nas fichas de
eleitores, outros inscritos em determinadas secções de votos e províncias e
“emergirem”, sem saberem como nem por que carga de água, em diferentes secções
de votos ou em províncias bem diferentes, ou os atrasos na divulgação dos
cadernos de eleitores por parte do organismo que melhor deveria se precaver
quanto a essa situação, a CNE, e, finalmente, a racionalidade da CNE quanto à
credenciação de muitos observadores de partidos e coligações oposicionistas. (...)" (continuar a ler aqui ou aqui)
Publicado no Notícias Lusófonas, como Manchete, de ontem (citado no ponto-final.net - http://ponto-final.net/index.php?component=Frontend&action=text&text=994§ion=opiniao)
Sem comentários:
Enviar um comentário