(todo sítio serve para levar pessoas; imagem macua.com)
Hoje
recebi logo de manhã um email de
Maputo que rezava assim:
"Saimos do trabalho a correr cada um
para o seu refúgio!
A Cidade está sitiada pelos grevistas
que pegam fogo a carros, tambores de lixo, pneus,
e impedem que se circule.
A semelhança do que aconteceu há dois
anos atrás, voltamos a estar ameaçados."
Ora
já há muito que se previa que o aumento previsto para as tarifas dos transportes
públicos, vulgo “chapas”, iriam ter preocupantes repercussões junto dos
utentes.
Não
era em vão que o governo da cidade de Maputo andava a protelar o inevitável
aumento.
E
hoje esse aumento aconteceu com as referidas repercussões a fazerem-se sentir
não só na capital como na Matola, com o aparecimento de pneus a arder e
veículos a ziguezaguear nas estradas, tal como demonstram as imagens há
momentos transmitidas na RTP-África (programa “Repórter África”) embora,
surpreendentemente, a mesma RTP num artigo do seu portal diga que “começaram hoje a pagar os novos
preços, num clima de normalidade”.
Parece
que é altura do município capital – e todos os municípios moçambicanos –
deixaram de pactuar com as incongruências, anarquias enão
poucas vezes, péssimas conduções dos “chapeiros” – e, já
agora, também com os similares “candongueiros” angolanos – e implementarem um
efectivo sistema de transportes urbanos mais condicentes com as necessidades dos
citadinos e dos seus suburbanos.
Os
“chapas” e, no caso angolano, os “candongueiros” deveriam ser revertidos
em serviços de “Táxis” normalizados, bem organizados e policialmente controlados.
Sabe-se
que o grande problema da sua existência está no facto de ambos serem,
habitualmente, acusados de estarem dominados, financeira e politicamente por
figuras “especiais” que os apoderam-se e subjugam qualquer tipo de
concorrência.
Cabe
aos Governos saberem ser mais fortes!
E
enquanto os “chapas” vão dominando e a população maputense – com possibilidades
de a mesma contestação se espalhar pelo país como já aconteceu em situações
anteriores – o senhor Dhlakama está no seu
"aconchego" a gargalhar!
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