Mohamed Morsi
assumiu esta
quinta-feira poderes que nem Mubarak tentou fazer: autodeclarou-se
inimputável face aos juízes sendo que todas as normas por ele mandatadas não
poderão ser revogadas pelas autoridades judiciárias.
Coloca-se, assim, acima
do poder judicial, dado que, para e segundo ele, os seus decretos são inapeláveis. Recorde-se que,
recentemente, demitiu o Procurador-geral da República que se mantinha desde a
era Mubarak e substituiu-o por outro da sua confiança.
É a completa
afirmação da vontade de Hassan al-Barraâ fundador dos Irmãos Muçulmanos (também
reconhecidos como Irmandade Muçulmana) e a aprofundação da nova Constituição
que está a ser criada pelos islamitas no parlamento (mesmo se sabendo que este
está a ser investigado pelo tribunal Constitucional).
Os líderes da
oposição propuseram
que no dia de ontem houvesse "um
milhão em marcha" contra o "novo faraó" e na Praça Tahrir
algumas centenas de pessoas responderam ao
apelo.
As sedes do
partido de Morsi foram atacadas e incendiadas e a polícia chamada para conter
os inúmeros protestos. Note-se, no entanto, que apoiantes de Morsi estão a
fazer comícios a saudar as directrizes do presidente egípcio.
Sem comentários:
Enviar um comentário