Na passada terça-feira fui contactado pela jornalista Neydi
Ribeiro, da RFI-África, para abordar e analisar um possível impacto nas
relações luso-angolanas sobre o facto de três importantes figuras do Governo de
Angola estarem sob eventual presença de um inquérito judicial.
E tudo terá tido origem na “abertura de um inquérito-crime
contra altos dirigentes angolanos e tornado público, este fim-de-semana, pela
comunicação social portuguesa [no
caso concreto, pelo semanário Expresso,] que
terá beliscado as autoridades angolanas. A resposta não se fez tardar e ontem a
imprensa angolana, através de um editorial no Jornal de Angola, escrevia que as
relações entre Angola e Portugal poderão estar em causa com esta acção”.
O problema, se é que haverá algum problema, está e estará que,
como começa a ser habitual e demasiado habitual na Justiça portuguesa é que
processos que deveriam estar no recôndito das gavetas e dos gabinetes para
organização e eventual trânsito judiciário, saírem para a rua ainda antes até
dos processos estarem devidamente elaborados.
Na referida peça, em áudio, sob o título “Novo episódio de tensão entre Angola e Portugal”, está
também o sociólogo Paulo de Carvalho.
Da entrevista/análise, que teve uma duração de cerca de 16
minutos, foram repescados um pouco mais de 5 minutos; podem ouvi-la
acedendo aqui.
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