Mas quando estes poderes se assentam em dogmas religiosos para criar leis e impor Constituições, essas coacções, por norma, acabam por terminar menos bem. É o que está a acontecer na região da Conflitualidade, ou lato sensu, na Palestina (engloba esta, Gaza e Israel) onde está instituída dois poderes antagónicos e, cada qual e na sua zona, maioritários.
De um lado, um poder político-militar assente na salvaguarda da identidade étnica-cultural dominada por judeus e israelitas: Israel. Do outro, um poder mesclado de uma salvaguarda de uma identidade étnica-cultural, como Israel, com um assento num dogma religioso que tudo resguarda e dele ressalta a legitimidade para definir toda a política social e militar de extremistas.
No meio, um povo que, tal como os judeus – e por sinal primo destes (há quem defenda que é a 13ª tribo da Judeia) – anda errante há milhares de anos sem que lhes devolvam a Terra prometida; os palestinianos.
Recordemos que a Resolução 181/1947 da ONU além de não resolver a questão da Palestina, acabou por provocar a definitiva divisão da mesma entre judeus (Estado de Israel) e árabes (Palestina) – e Jordânia – deixando sem decisão a questão mais cadente, a da cidade de Jerusalém (do grego:Hierosolima; Almeida, 2003**), capital histórica dos dois contendores e religiosa das três principais religiões monoteístas: judaica, cristã e islâmica.
Na primeira oportunidade, Israel ocupou e declarou como sua a cidade santa de Jerusalém. Mandou aqui o poder maioritário instituído que, neste momento, é dos israelitas que impedem os palestinianos de assumirem como sua capital, Jerusalém. (...)" (continuar a ler aqui ou aqui)
Publicado no semanário Novo Jornal, edição 253, de 23/Nov./2012
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