Hoje foi-me dado a oportunidade de ouvir, na RDP África – pelo que percebi em repetição – mas não completo, um excelente trabalho sobre um dos principais batalhões militares que operaram nas guerras e crises militares entre a África do Sul, do apartheid, e os seus vizinhos.
Apesar de ter sido oficialmente extinto com a mudança de regime na África do Sul, esse – por muitos estrategas considerado magnífico – batalhão continua a fazer as delícias de uns quantos já que tem sido referenciado por várias partes do Mundo.
Em São Tomé e Príncipe, segundo alguns esteve envolvido e, ou, despoletou crises militares, têm sido referenciados ex-elementos seus como membros de apoio e segurança no Iraque e em outros países de risco.
Eles eram, são, essencialmente angolanos, santomenses, namibianos, entre outros africanos arregimentados pelos sul-africanos para fazerem certos trabalhos que estes, brancos ou negros, não fariam como sabotagens na retaguarda do inimigo, espionagem, sabotagens, etc.
Apesar de se terem tornado uma lenda como excelentes militares, após o novo regime foram desprezados e, na maioria dos casos, colocados na vida civil sem uma nacionalidade.
Os países de origem recusaram-lhe. Os sul-africanos nunca lha deram.
Apesar de apátridas eles parece que andam aí e são bem requisitados.
Eles eram (são?) o Batalhão 32, mais conhecido pelo Batalhão Búfalo.
Até quando vão os Estados continuar a negar a sua existência; e para quando decidirem esquecer as querelas político-militares antigas, enterrarem os ódios e aceitarem de volta aqueles que, por esta ou aquela razão – alguns forçados – tiveram de combater contra os seus e, ou, pelos seus.
Porque haverão angolanos ou santomenses morrerem fora das suas pátrias só porque estas não os recebem condignamente como seus filhos e preferem sabê-los a morrer longe apesar de a eles estar sempre associado o nome da mãe-pátria.
Ao fim de tantos anos de convivência austral, ao fim de três anos de paz angolana, uma acalmia evidente na vida político-militar santomense, não é altura de estes países se juntarem a uma mesa e dizer basta; vamos recuperar a sua identidade e deixá-los viver como cidadãos comuns?
Fica a ideia. Fica mais um elo para a paz social e política dos povos afro-austral.
Adenda:
A imagem acima foi criada por não conseguir resgatar alguma para este fim.
Todavia, hoje, tive acesso não só a imagens como a acessos relacionados com o Batalão 32 - Búfalo, criados por veteranos deste Batalhão. Para efeitos de conhecimento e, ou, cultura poderão aceder aqui ou aqui.
2 comentários:
Gracias por la solidaridad Eugénio, ya hasta nos estamos acostumbrando a esto, mira que no es común tanto huracán tan seguido, y para variar los más afectados son los de siempre. Un abrazo hasta tu lado del oceano...
boas éa primeira vez k eu vejo o vosso blog e gostaria de dizer que o BATALHAO 32,FOI,É e SEMPRE SERA uma das maiores forças militares domundo nao HÁ nem HAVERA ninguem como eles.Digam o que disserem. Eu digo isto nao so da boca para fora mas porque tenho alguem que trabalhou com eles :-). abraço
se quiserem saber mais o meu mail é antoniojosealves_40@hotmail.com
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