(a partir de imagens da Internet)
Suponhamos que seguia a linha da “teoria da
conspiração”, por exemplo na linha do antigo agente da CIA, chefe da ITAC
(Intelligent Threat Analysis Center) da NATO, e, igualmente, antigo Major-general
do exército do Tio Sam, Oswald Le Winter - ah! é psicanalista – ou de Richard Moore, e considerava que esta situação, mais que absurda do analista da CIA, Edward Joseph Snowden, temporizado no “Caso
Snowden” devido às eventuais denúncias feitas por aquele agente, segundo
uns, e analista, segundo ele – em qualquer dos casos um simples administrador
de sistemas –, durante um período temporário na National Security Agence (NSA) e que
terá divulgado documentos fundamentais para a segurança norte-americana como um "certo programa de vigilância PRISM", era um caso de polícia e não espionagem.
Ora nesse
programa, em informações prestadas a dois órgãos de informação ocidental, por Snowden, os
EUA estariam a vigiar, espionar, observar, espreitar – em suma, espiar – não só
os seus adversários, como os seus habituais aliados, como, também, toda a
gente, mesmo que individual, o indivíduo (o que no caso dos americanos põe em causa as suas liberdades individuais).
Não sejamos
utópicos, todos espiam todos e sempre foi assim. Agora até as nossas
autoridades, segundo um porta-vez da polícia Nacional vai querer “camarizar”
todo o mundo.
Portanto, não
seria nada de mais que os EUA, como a França, de acordo com uma recente acusação
do jornal francês Le
Monde, ou o Reino Unido – a Nação
que mais câmaras de vídeo para “camarizar”, tem espalhado pelas suas principais
cidades – que andassem a espiar “por dá cá aquela palha”!
Como também isso
é perfeitamente natural que esteja a ser feito pelos serviços de inteligência
da Federação Russa, da China - esta está farta de ser acusada de espionar as
actividades cibernéticas dos seus adversários políticos e dos seus clientes e
fornecedores comerciais e industriais – como também estarão todos os movimentos
de talibãs e islamitas por parte dos serviços de inteligência paquistanês, ISI.
E que trás isso à
actual situação de Snowden? Que vantagens ou desvantagens?
Nada, a não ser
que se de facto houvesse interesse dos EUA em “apanhar2 o seu antigo analista-espião
(será?) por certo já teria conseguido esse desiderato.
Tal como se fosse
tão “interessante” já Putin, antigo director da KGB – agora
Serviço Federal de Segurança da Federação Russa (FSB) – já teria deixado o analista-espião
entrar no espaço territorial nacional e detido para “sacar” informações que os
serviços de informação russos considerassem pertinentes. Então porque o mantém
na zona de passagem? Quem paga as despesas que Snowden produz nessa zona?
Parece-me que, na
realidade, Snowden é uma mistificação para ser colocada num qualquer país menos
“interessante”, em teoria, para os EUA e espiá-los.
Conspiração? Talvez se
lerem o livro de Le Winter, “Desmantelar a América - os ensaios de Lisboa”, de finais de 2001, poderão verificar que as conspirações no seio das gentes da inteligência
norte-americana ultrapassam as mais mirabolantes e interessantes aventuras de
espionagem de John Le Carré (estes anglo-saxónicos gostam muito do “Le”…).
E porque é que só os países emergentes
latino-americanos estão dispostos a darem guarida ao citado espião-analista?
Todos, não será bem assim, quem mais poderia querer obter dividendos da sua permanência
em território nacional, Cuba, está muda e que, me recorde, nunca se pronunciou
sobre este caso, excepto para dizer que autorizaria a sua passagem para um
outro país.
Será que Snowden está mesmo fugido ou é areia para
alguns olhos menos atentos? O que vale é que andam(os) todos a ler demasiados
livros de Frederick
Forsyth, Le Carré, Inring Wallace ou Ian
Fleming. Pois, andam(os) a rever demasiado os iniciais filmes de 007…
E por isso, países tão nobres,
livres, democráticos e senhores de si mesmo – desculpem se me enganei –, como Portugal,
França, Espanha ou Itália (estranho, só países do sul da Europa) terão impedido
que a aeronave do presidente boliviano cruzasse os seus espaços aéreos, ou
fizessem escala, sob a acusação de que Snowden iria a bordo e por esse facto
teriam de, ou vasculhar o avião – como terá dito Espanha – ou de negar a
passagem – como foi com os restantes.
Alguém de seu perfeito juízo
acredita que estes países iriam se subordinar às ordens viperinas dos EUA e “mandar
às urtigas” todas as Convenções internacionais? É possível que sim, mas…
Mas porque não fazem isso com alguns Chefes de
Estado africanos, por exemplo, que estão sob a alçada do TPI e os deixam
circular, livremente, nos seus espaços aéreos?