15 maio 2005

Águas do Mondego “uranizadas”?

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Segundo uma notícia do matutino português Correio da Manhã, de hoje, as belas águas do Mondego poderão estar contaminadas com resíduos de urânio proveniente das minas abandonadas, pondo em risco as populações que nele se abastecem.

Nas minas da Urgeiriça, onde a situação é mais preocupante, águas que podem conter matérias radioactivas são despejadas num riacho que vai ter ao Mondego, rio que abastece várias localidades, entre as quais Coimbra. Na cidade dos estudantes, as análises à qualidade da água, quando incluem parâmetros radiológicos, estão desactualizadas.”
“O “eixo do urânio”, entre Viseu e Guarda, abrange um filão onde se localizam 59 minas, todas elas inactivas hoje em dia. Durante mais de 90 anos – a última fechou em 1999 – foram explorados materiais radioactivos nessas minas. Amontoados de inertes, que resultaram do tratamento do urânio, continuam a ameaçar a zona envolvente, a poluir o ar e os lençóis freáticos, enquanto as chuvas transformaram as crateras das minas em autênticos lagos ácidos.


Tanta maka com os processos despachados pelos “demitidos” ministros da falecida neo-AD; tanta maka que o senhor poeta Alegre criou com co-incineração em Souselas; e o mais importante para a saúde pública, como é a água que consumimos (e eu também consumo dessa bela água porque vou algumas vezes passar féria à zona centro beiro-coimbrã) parece estar despreocupadamente esquecida.

A Quercus parece ter acordado para o assunto agora.

De acordo com o CM, Maria de Lurdes Cravo, dirigente daquela associação ambientalista reconhece que não sabe até que ponto as águas de unge os doutores estará exposta a níveis radioactivos que possam pôr em perigo a saúde pública das populações beirãs. Por isso, considera que seria ”de todo aconselhável que Coimbra tivesse o cuidado de monitorizar a situação radiológica da sua água”.

E essa parece ser também a opinião do Instituto Regulador de Águas e Resíduos (IRAR) emitiu uma nota em que não obriga a que sejam feitos este ano novos exames à radioactividade na água de Coimbra; de acordo com uma responsável das Águas de Coimbra, os estudos efectuados remontam a Novembro e só foram tornados públicos na semana passada.

Até lá poderia haver uma calamidade pública que a ninguém poderia interessar a assunção de responsabilidades.

Mais uma maka para o antigo Ministro do Ambiente Luís Nobre Guedes.

E será que ele aguentará. Começa a parecer que aquele Ministério era um ninho do "deixa andar" onde "não havia rei nem roque".

Enfim!

A eterna política caseira portuguesa!!!

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