A campanha eleitoral para as presidenciais de 19 de Junho já está na estrada com surpresas como a fria recepção à campanha de rua do candidato (re-auto-proclamado presidente) Koumba Yalá, em contra-ponto com o banho de multidão, que nos foi dado ver, ao candidato do PAIGC, Malam Sanha.
Mas se a campanha já está em marcha, também é verdade que os primeiros problemas e auto-exclusões já começaram a surgir.
Ou por razões de auto-selecção, ou pelas razões invocadas pelos candidatos, há três que já apresentaram a sua renúncia à corrida eleitoral.
O candidato Iancuba Injai, do Partido da Solidariedade e Trabalho (PST), já apresentou a sua desistência a favor de Sanhá.
Abubacar Baldé, líder da União Nacional para a Democracia e Progresso (UNDP), partido integrante do “Fórum” apresentou a sua renúncia junto do STJ invocando que o actual processo eleitoral apresenta irregularidades, não existem garantias de transparência e há sintomas de que um dos candidatos tem a vitória garantida com o apoio externo.
Também Salvador Tchongó, líder da Resistência da Guiné-Bissau (RGB), também membro do "Fórum" abandonou a corrida invocando fraudes, perseguições políticas e jurídicas e denunciando, tal como Balde, a existência de uma candidatura já vencedora.
Note-se que Tchongó foi notificado pela Procuradoria por, alegadamente, ter incitado a etnia Balanta (a que pertence, tal como Yalá) a questionar eventuais perseguições da polícia guineenses contra essa etnia, por acaso a maior do país.
Embora não o digam explicitamente, segundo fontes do local citadas pela Lusa e pelo NL, e de que o Africanidades também faz eco, os auto-excluídos candidatos estarão a referir-se a Sanha que terá o apoio de Portugal.
Não há dúvidas a campanha promete.
Até porque ainda não se viu o que irá fazer, ou dizer, o candidato Nino, ainda ausente da Guiné-Bissau, e qual será a atitude do STJ perante a proposta (leia-se imposição) da UA para a exclusão de Yalá.
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