© Foto Voltairenet.org
Em tempos escrevi aqui sobre as vendas de armas do Reino Unido a países que, ou ainda estão sob efeitos de crises sociais e político-militares (um eufemismo para dizer guerras-civis), a maioria, infelizmente, em África e eis que o matutino português Público trás à estampa um artigo do britânico “The Guardian” (investigação de David Leigh, Jonathan Franklin e Rob Evans) onde é afirmado que o maior fabricante de armas inglês pagou comissões a um tal Augusto Pinochet ou a grupos por ele representados.
De acordo com o artigo o antigo ditador chileno – e um dos principais obreiros da queda de Allende – terá recebido entre 1987 e 2004 cerca de 1 milhão de libras em comissões.
Sabendo que o referido ditador – e (ex-)senador vitalício – já se encontrava, pelo menos teoricamente, apeado que qualquer poder, militar ou civil, estranha-se que o citado cavalheiro continuasse a auferir rendimentos externos e em segredo.
Ou seja, a corrupção junto dos meios castrenses continua cada vez mais forte. Não esquecer que a referida empresa inglesa tem sido, igualmente, acusada de suborno e estará a ser investigada nas terras de Sua Majestade por suspeitas de branqueamento de divisas, nomeadamente, em relação a um alegado "fundo de subornos" de 60 milhões de libras e destinado à Arábia Saudita.
De um lado um ex-ditador apeado a receber comissões. De outro um dos maiores fornecedores de petróleo e compradores de armas a receber subornos.
Isto vai lindo…
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