18 julho 2009

Da hipótese do Ouro à vergonha no Bronze

Não seria vergonha nenhuma se tivéssemos ganho só o Bronze porque os outros foram melhores. Mas quando acontecem situações como as que todos vimos na televisão no jogo Portugal-Angola,…

Devemos saber ganhar para saber perder. Mas se não conseguirmos ou tivermos capacidade para ganhar pelo menos saibamos honrar a derrota para honrarmos o nome do País!

Mas parece-me que a FAF terá muito de explicar aos nossos atletas o que significa, primeiro competir, depois ganhar, ou tentar ganhar, para saber perder.

Uma vez mais oferecemos uma péssima imagem de Angola num jogo de futebol com Portugal e em Portugal. Salve-se, ao menos, o jogo do Mundial!

Depois do célebre jogo amigável que terminou sem jogadores e com uma equipa técnica que deu mostras de não saber o que significa calma e ponderação voltámos a mostrar o mesmo.

E não foi só a equipa, e quando digo a equipa englobo todos, inclusos os técnicos que deram mostras de completo desnorte. Também o público mostrou falta de “Fair Play” e isso só leva que os nossos potenciais adversários deixem e nos convidar. Não podemos continuar a nos comportar como miúdos malcriados e mimados. Temos de saber aceitar as penalizações mesmo que pareçam ser erradas. Mas…

O nosso jogador angolano (Dedele, creio e se não for este o nome que me desculpe porque a esta hora a ANGOP – 23,30 horas – ainda não digeriu a derrota porque nada escreveu), na primeira penalidade deveria ter sido expulso porque foi uma clara agressão. Intencional ou não, as regras são claras! É expulsão. Se houve outra matéria ou situação – por exemplo algumas palavras do jogador português – que levou àquela atitude e o árbitro não quis melindrar fez mal. Deveria ter tomado uma dupla atitude. Ou expulsava os dois ou, pelo menos tinha a obrigação de expulsar o nosso jogador.

Tal como não foi correcta a atitude do técnico nacional que, se tinha dúvidas deveria ter solicitado a passagem das imagens à TV e como medida profilática substituir o atleta. Não o fez e acabámos prejudicados por nova e extemporânea atitude. Nova penalidade e o descalabro total!

A FAF tem de tomar uma atitude severa face a estas situações. E isto porque os Governos não podem intervir nas Federações, a FIFA não deixa, porque o que me parece é que a Federação precisa de uma limpeza já que mostra não ter mão nos atletas e nos técnicos.

E, já agora, os meus sinceros parabéns a Cabo Verde que mostra estar a fazer um trabalho de base muito interessante e que a sua prestação na primeira fase do acesso ao CAN e ao Mundial não foi mero acaso!

E que também a final de basquetebol seja um bom prenúncio do Afrobasquete e que Angola e Cabo Verde nos ofereçam uma grande e excelente espectáculo!

3 comentários:

Anónimo disse...

O Jornalista, aqui, escreve como portugues ou como angolano?

pedro oliveira disse...

Companheiro,

Começo pelo que, realmente, importa, o desportivismo, o espectáculo.
Excelente, o Angola-Cabo Verde, em «baskett», fantástica actuação da selecção rubro-negra.
Quanto ao futebol,estou, totalmente, de acordo consigo.
A imprensa, os «media» têm muita culpa ao branquearem (não me ocorreu palavra melhor) essas situações.
Há uns anos uma selecção de formação portuguesa destruiu um balneário em França depois de terem vencido, repito depois de terem vencido um desafio de futebol.
Ninguém foi castigado.
No futebol como na vida temos de saber vencer, temos de saber perder.
Só assim conseguiremos construir um futuro justo e fraterno.

Guilherme Freitas disse...

Olá Eugênio tudo bem? Os Jogos da Lusofonia estão sendo ignorados aqui no Brasil. São apenas poucas notas sobre o evento que são divulgadas. Uma vergonha, pois mesmo que os atletas brasileiros de nível mundial não estejam em Lisboa, não custa falar do evento e incentivar e apoiar os atletas que estão lá. Vou conferir as notícias pelo Pululu. Um abraços.