Não será que o Ministro exprimiu o sentimento de outros?...

(ximunado daqui mas que foi bastas vezes mostrada na Comunicação Social televisiva portuguesa)

Durante o debate que se realiza, na Assembleia da República portuguesa, sobre o “Estado da Nação”, quinzenalmente, o Ministro da Economia português, Manuel Pinho, parece – não parece, porque as imagens já são mais que muitas – terá feito um gesto que não terá caído bem na pudicas mentes das bancadas parlamentares e governativa portuguesa.

Como o eventual visado afirmou numa entrevista à SIC Notícias, ou seja o líder da bancada do PCP, não insulta quem quer mas quem tem possibilidades de o fazer. E nisso concordo em absoluto com o deputado. Mas não parece ter sido a interpretação dos seus colegas de hemiciclo.

Não percebo o porquê. Não foi nesse mesmo hemiciclo que um deputado mandou um outro colega da mesma casa cumprimentar o “pai da humanidade” e isto durante um debate? Não me parece que tenha sido suspenso ou demitido do cargo de deputado. Por isso não vejo porque o Ministro ter-se-ia de se demitir como logo solicitaram as pudicas mentes.

Provavelmente o Ministro fez aquilo que alguns já há muito desejam fazer. Chamar à realidade uma organização que tem militantes que vivem parados no tempo e na realidade política.

Se pensarmos bem que a empresa de automóveis Autoeuropa que contribui, salvo erro, com cerca de 2% para o PIB português, emprega cerca de dois milhares de trabalhadores e dá trabalho indirecto a outros milhares e que poderá encerrar porque, segundo análises e comentários, principalmente de quem já por lá passou, que tenho lido, foram membros da referida organização que andaram a manobrar junto dos trabalhadores para que votassem contra o acordo negociado entre os seus representantes – onde por acaso está um grupo político ainda mais à esquerda – e a administração, talvez compreenda o estado de espírito do Ministro.

Só não aceito, e acho que foi um insulto claro e baixo, para um taõ nobre animal bravio, quando o é, que tenha levado um touro, para o meio de tão pudicas mentes...