"O presidente da UNITA, Isaías Samakuva, quer recuperar algum do tempo que tem mantido perdido sabe-se lá por onde. Daí que na última reunião da Comissão Política terá prometido que iria procurar recuperar a confiança da sociedade que, reconheceu, “ter diminuído nos últimos tempos”. Nada como voltar o Partido para junto do Povo para que este perceba quem defende, realmente, os seus problemas, terá deixado no ar o presidente da UNITA.
Nada mais correcto, o problema está que a UNITA tem andado tão desaparecida – mesmo que estivesse a fazer o chamado trabalho subterrâneo que não se vê de imediato mas que colhe dividendos, o que parece não ser assim pelas palavras de Samakuva – que começa a ser tarde a reaparição pós-eleitoral.
Tão tarde que há quem dentro do Partido já comece a questionar a sua liderança e a sua capacidade visionária para manter unido o Partido além de continuar a mostrar não ter um carisma forte para uma forte candidatura presidencial.
Não basta, periodicamente, dizer algumas certas verdades. Há que estar sempre em cima do acontecimento e manter a panela, mesmo que em lume brando, bem activa e quente.
E isso, reconheça-se e doa a quem doer, que não tem acontecido.
Onde tem estado a UNITA nos casos como os jardins milionários de Benguela e Namibe. Manda a verdade que têm sido as ONG da Sociedade Civil que tem mantido o assunto visível, e, pasme-se ou talvez não, até o Partido que suporta os “acusados” também tem criticado os mesmos, ao ponto de, um deles, poder ir ter de responder em tribunal.
Não basta condenar os desmantelamentos de bairros populares e dizer que os últimos actos do Governo que conduziram às demolições dos bairros do Iraque e Bagdad, em Luanda, foram “ injustiças sociais” e prometer ajudar as actuais e as próximas vítimas de actos semelhantes.
Demolições arbitrárias ou não, reconheço o real desconhecimento, mas não devemos esquecer que muitos bairros surgiram ou têm surgido como cogumelos sem quaisquer planificações urbanísticas e em claras violações de domínios públicos, com o beneplácito do próprio MPLA e dos seus comités, reconheça-se, enquanto províncias há que quase estão sem populações devido à deficiente recolocação das mesmas nas suas províncias de origem.
Recordo, quando recentemente estive em Angola, nomeadamente em Luanda e no Lobito, que via-se muitos bairros onde o que predominava era o livre arbítrio urbanístico sem quaisquer condições mínimas. Como uma pessoa amiga me disse, no Lobito, só a cidade tinha mais habitantes que cerca de 5 ou 6 províncias juntas! (...)" (continuar a ler aqui ou aqui)
Publicado como Manchete, do , de hoje, sob o título “Samakuva quer a UNITA onde sempre deveria ter estado: Junto do Povo angolano”
Nada mais correcto, o problema está que a UNITA tem andado tão desaparecida – mesmo que estivesse a fazer o chamado trabalho subterrâneo que não se vê de imediato mas que colhe dividendos, o que parece não ser assim pelas palavras de Samakuva – que começa a ser tarde a reaparição pós-eleitoral.
Tão tarde que há quem dentro do Partido já comece a questionar a sua liderança e a sua capacidade visionária para manter unido o Partido além de continuar a mostrar não ter um carisma forte para uma forte candidatura presidencial.
Não basta, periodicamente, dizer algumas certas verdades. Há que estar sempre em cima do acontecimento e manter a panela, mesmo que em lume brando, bem activa e quente.
E isso, reconheça-se e doa a quem doer, que não tem acontecido.
Onde tem estado a UNITA nos casos como os jardins milionários de Benguela e Namibe. Manda a verdade que têm sido as ONG da Sociedade Civil que tem mantido o assunto visível, e, pasme-se ou talvez não, até o Partido que suporta os “acusados” também tem criticado os mesmos, ao ponto de, um deles, poder ir ter de responder em tribunal.
Não basta condenar os desmantelamentos de bairros populares e dizer que os últimos actos do Governo que conduziram às demolições dos bairros do Iraque e Bagdad, em Luanda, foram “ injustiças sociais” e prometer ajudar as actuais e as próximas vítimas de actos semelhantes.
Demolições arbitrárias ou não, reconheço o real desconhecimento, mas não devemos esquecer que muitos bairros surgiram ou têm surgido como cogumelos sem quaisquer planificações urbanísticas e em claras violações de domínios públicos, com o beneplácito do próprio MPLA e dos seus comités, reconheça-se, enquanto províncias há que quase estão sem populações devido à deficiente recolocação das mesmas nas suas províncias de origem.
Recordo, quando recentemente estive em Angola, nomeadamente em Luanda e no Lobito, que via-se muitos bairros onde o que predominava era o livre arbítrio urbanístico sem quaisquer condições mínimas. Como uma pessoa amiga me disse, no Lobito, só a cidade tinha mais habitantes que cerca de 5 ou 6 províncias juntas! (...)" (continuar a ler aqui ou aqui)
Publicado como Manchete, do , de hoje, sob o título “Samakuva quer a UNITA onde sempre deveria ter estado: Junto do Povo angolano”
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