"Este fim-de-semana Moçambique, 34 anos depois da independência ficou, finalmente, ligada por terra de Norte a Sul, ou seja, do Rovuma a Maputo, com a inauguração da ponte sobre o rio Zambeze, Armando Emílio Gebuza.
A ponte, construída por um consórcio luso e com cerca de 2,5 quilómetros de comprimento – uma das maiores de África –, teve como padrinho um familiar do homenageado – tentei ver na Internet realmente quem foi o homenageado, mas não consegui vislumbrar – no caso, o presidente Armando Emílio Guebuza…
Acredito que seria um familiar muito próximo dado a total similitude do nome e não o próprio. Isso só acontece em países de regimes autoritários – caso da actual Ponte 25 de Abril, em Portugal, inaugurada como Ponte Salazar em homenagem ao Chefe de Governo da altura – ou regimes democráticos de partido quase único – recordemos como foi instituída uma Universidade em Angola com o nome de… José Eduardo dos Santos, o ainda actual presidente de Angola.
Por outro lado, em ano de eleições, o presidente não gostaria de ver associado o seu nome a uma obra emblemática porque seria considerado uma tentativa de influenciar o eleitorado, o que só acontece em regimes autocráticos de partidos quase únicos ou mexicanizados…
Ora como Moçambique não é nada disto e abomina a autocracia angolana, como se sabe, a ponte só pode estar a homenagear um familiar do actual presidente. Até porque não foi ele que lançou as bases para a sua construção, pois não? (...)" (continue a ler aqui ou aqui).
A ponte, construída por um consórcio luso e com cerca de 2,5 quilómetros de comprimento – uma das maiores de África –, teve como padrinho um familiar do homenageado – tentei ver na Internet realmente quem foi o homenageado, mas não consegui vislumbrar – no caso, o presidente Armando Emílio Guebuza…
Acredito que seria um familiar muito próximo dado a total similitude do nome e não o próprio. Isso só acontece em países de regimes autoritários – caso da actual Ponte 25 de Abril, em Portugal, inaugurada como Ponte Salazar em homenagem ao Chefe de Governo da altura – ou regimes democráticos de partido quase único – recordemos como foi instituída uma Universidade em Angola com o nome de… José Eduardo dos Santos, o ainda actual presidente de Angola.
Por outro lado, em ano de eleições, o presidente não gostaria de ver associado o seu nome a uma obra emblemática porque seria considerado uma tentativa de influenciar o eleitorado, o que só acontece em regimes autocráticos de partidos quase únicos ou mexicanizados…
Ora como Moçambique não é nada disto e abomina a autocracia angolana, como se sabe, a ponte só pode estar a homenagear um familiar do actual presidente. Até porque não foi ele que lançou as bases para a sua construção, pois não? (...)" (continue a ler aqui ou aqui).
1 comentário:
Amigo,
ainda que nos causem indignações nos procedimentos políticos, fiquei impressionado com a imagem que postastes. Dá-me um contraste digno de uma leitura crítica. É a modernidade, com seus custos altíssimos, e uma família à margem do rio fazendo aquilo que deveriam estar fazendo em suas casas. Assim, sempre que visito o vosso blog, tenho um pouco mais da África em meu coração.
Abraços.
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