Interessante a análise que hoje passa na TPA
(Internacional) sobre as eleições Gerais com a presença de Walter Filipe e
Sebastião Izata.
Apesar de não concordar com uma parte substancial das
suas opiniões, talvez porque elas reflitam, de certa forma, mais a linha do
partido do poder, ainda assim estão muito equilibrados nas suas análises, não
deixando de dizer algumas verdades.
De notar o
equilíbrio – possível – nas análises aos partidos e coligações concorrentes por
parte da realização do programa;
Transmissão do encerramento das duas forças políticas
mais representativas (face a 2008) em Luanda (MPLA) e no Huambo (UNITA) onde se
verificam evidentes disparidades organizacionais.
Enquanto em Luanda há festa e houve uma preocupação em
saber coincidir os discursos com as emissões televisivas, já no Huambo e apesar
de haver, tal como em Luanda, um número significativo de militantes presentes,
salvo se o jornalista está num posto de reportagem externo ao comício, há um
mutismo tal que mais parece um velório. Nem a chegada de Samakuva, a directoria da UNITA conseguiu
saber coincidir com a transmissão televisiva, sob pena de o programa chegar ao
fim e isso não ocorrer.
Os principais partidos oposicionistas já têm – ou deveriam
ter – a obrigação de saberem estar, organizacionalmente, preparados para gerir
tempos de antena.
Se não sabem, façam como o seu forte opositor, contratem
especialistas para aprenderem a saber gerir comícios e imagem.
Não basta pedir votos se não sabem como conquistá-los.
Por isso não admira que, nestas como nas anteriores eleições, já se saiba quem, à partida, vai vencer o pleito eleitoral. Falta capacidade organizacional e marketing político às nossas forças políticas oposicionistas, nomeadamente, à UNITA.
Por isso não admira que, nestas como nas anteriores eleições, já se saiba quem, à partida, vai vencer o pleito eleitoral. Falta capacidade organizacional e marketing político às nossas forças políticas oposicionistas, nomeadamente, à UNITA.
O resultado é continuarem no limbo e verem o “vencedor”
manter-se eternamente no Poder com a particularidade do “vencedor” até se dar
ao luxo de se clamar de social-democrata mas ter atitudes mais próximas de
democracia-cristã conservadora (como demonstraram os analistas durante o
programa, principalmente nas análises económicas).
Os “vencidos” devem começar já a estudar a partir do
dia 1 de Setembro como fazer para daqui a 5 anos poderem ombrear e lutar com as
mesmas armas políticas com o “vencedor”.
Aproveitam, pois, o dia de amanhã de reflexão, para
reflectir sobre e nos erros cometidos e depois não chorarem no leite derramado.
2 comentários:
Sempre há muita gente atenta aos erros da oposição. Claro! São pagos para isso. Estiveste atento na desorganização... Esteja também atento ao facto de que os partidos não têm o mesmo acesso aos recursos financeiros do país. Mas uma coisa é certa: eles têm eleitorado e são esses que votam e vão garantir um bom resultado. Se fores honesto, aprove esse comentário.
Não tenho problemas de honestidade e por isso fiz-lhe a vontade.
Mas fique ciente que foi uma vez sem exemplo. Porque se Você fosse honesto teria assinado, mesmo que com nome fictício.
Daí...
Daí que escusa de voltar a escrever anonimamente que não haverá honestidade que o safe.
Eugénio Almeida
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