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12 fevereiro 2009

A vida paupérrima de Mugabe...

(Um Tsvangirai atónito olhar para a glutice de Mugabe e a pobreza endémica do Zimbabué; Cartune compilado por mim com imagens da internet; algumas daqui e daqui)

Enquanto País tenta assentar com um novo primeiro-ministro e, dentro do possível, um credível Governo nacional, Mugabe pré-diverte-se…

No Zimbabué, e depois de ler este alerta do GG, no
Universal, constata-se que o senhor Robert Mugabe e os seus amigos continuam a brincar com o Povo e com a sua miséria, ou então…

No mesmo dia que Morgan Tsvangirai tomou posse como
Primeiro-ministro de um Governo de Unidade, e conseguia que o ministério das Finanças fosse de alguém próximo de si, ao abrigo do protocolo assinado no final do mês passado para a partilha do poder entre Tsvangirai e Mugabe, mesmo com a grande desconfiança interna e externa que a mesma causou;

Ao mesmo tempo que a Cruz Vermelha Internacional
pede ajuda à comunidade internacional para minorar a crise epidémica da cólera no País que já provocou, de acordo com a OMS, cerca de 3380 vítimas e 69 mil infectados;

Numa altura que o
desemprego atingiu proporções incompreensíveis e que poderão aumentar consideravelmente caso se confirme o despedimento de muitos mineiros na África do Sul – a maioria zimbabueanos e moçambicanos – o que aumentará o nível de fome para mais de metade da população do país e a taxa de inflação já faz parte das principais enciclopédias mundiais de economia;

Quando a maior parte do dinheiro em circulação serve quase que unicamente para pagar os parquíssimos salários dos soldados e polícias evitando que estes entrem em crise e provoquem a queda do Poder de Mugabe;

E se recordarmos de última visita da esposa de Mugabe a
Hong Kong e Singapura e as dificuldades em comprar produtos para os seus concidadãos, mas não para ela e família…

O senhor Robert Gabriel Mugabe, nascido no ano da Graça do Senhor – não esqueçamos que ele está em contacto directo com Deus porque este ainda não decidiu, segundo Mugabe, pela sua saída – de 1924, juntamente com os seus amigos vão – ou pensam – celebrar os seus 85 anos, no próximo dia 21 de Fevereiro, com um lauto acontecimento.

E porque as festas dos “Príncipes” são sempre de arromba e carecem de “entradas-pagas” cada um dos seus amigos deverá depositar uma “dotação” numa conta, em USDólares e só nesta divisa, criada especificamente para este acontecimento qualquer coisa como entre 45 mil e 55 mil dólares.

Segundo o portal do espanhol
El País, o lauto repasto contará com, entre outros opíparos produtos, 2000 garrafas de champanhe (de preferência 61 Moët & Chandon e Bollinger), 8000 lagostas, 100 quilos de camarão/gambas, 4.000 doses de caviar, 3.000 patos, 16.000 ovos, 3.000 bolos de chocolate e baunilha e 8.000 caixas de bombons Ferrero Rocher.

Realmente se isto não é brincar com a miséria do Povo zimbabueanos pelo senhor Mugabe e a sua pandilha e, ainda por cima, com Mugabe a manter o claro beneplácito da maioria dos seus vizinhos para se conservar no Poder, mesmo que, agora, em partilha.

Falta saber até quando essa partilha se manterá…

22 junho 2008

Zimbabué, a oposição diz não à 2º volta!

O MDC, face ao descarado jogo político e à violência praticada pelo regime do senhor Robert Mugabe “decidiu que não vai participar neste processo eleitoral violento e ilegítimo” para não colocar a vida das pessoas em perigo.
Não concordo com esta posição que vai contra o jogo democrático, embora compreenda e entenda quando este não existe.
E como quem está no sítio e na frente da fogueira é Morgan Tsvangirai, ele e o MDC, melhor que ninguém, saberão como proceder.
Compreende-se quando a Comunidade Internacional vai assobiando para o lado perante atitudes como as de Thabo Mbeki, ou à efectiva inoperância que mostram face à detenção do secretário-geral do MDC e das mortes dos militantes destes partido, ou quando Mugabe diz que nunca sairá do poder qualquer que seja o resultado e a SADC se limita a estar calada como parece ser apanágio das organizações onde pontuam, e com capacidade de decisão, alguns países lusófonos, como por exemplo… a CPLP!
E, com isto, continua o autocratismo, nepotismo e o autoritarismo déspotas a ganhar em África!

06 junho 2008

Mugabe quer a perpetuação!

(quem ganhará, o nepotismo autocrático ou a democracia)

Depois de ter perdido as eleições legislativas, que a linha mais dura pró-Mugabe quer agora mandar suspender o acto eleitoral e repor o Parlamento, depois de ter protelado a publicação dos resultados das eleições legislativa e presidenciais no que contou com o beneplácito de alguns membros da CNE e de um Tribunal – acabaram até por rever algumas das secções de voto sem conseguirem alterar a vontade do eleitorado – o senhor Mugabe e a seu séquito estão a tudo fazer por protelar a 2ª volta das presidenciais.
Primeiro fizeram que o líder oposicionista se sentisse ameaçado protelando o retorno ao País de onde tinha se ausentado para abordar com os líderes afro-austrais a situação político-eleitoral do Zimbabué.
Depois do regresso de Morgan Tsvangirai sectores policiais próximos do regime deteve-o, por duas vezes quase consecutivas, para interrogatório sob acusação de não estar autorizado a falar em público; logo quando se está em plena campanha para a 2ª volta das presidenciais que o vai opor a Mugabe.
Não satisfeitos, os mesmos sectores deram-se ao luxo de mandar parar veículos diplomáticos e sob a ameaça de perfurarem os pneus e atearem fogo às viaturas conseguiram que os diplomatas, britânicos e norte-americanos, saíssem dos mesmos acabando por serem detidos e interrogados em clara violação à Convenção de Viena sobre Relações Diplomáticas, de 18 de Abril de 1961.
Simultaneamente o regime do senhor Mugabe ordenou a suspensão – já se congeminava isto há uns dias – de toda a actividade das ONG’s, nomeadamente aquelas que, solidariamente, mais têm suprido a fome dos zimbabueanos.
Com o regresso forçado de muitos zimbabueanos da África do Sul onde têm sido alvo de inusitado xenofobismo, tal como moçambicanos, malawianos e angolano, o problema da fome vai ser ainda mais exponencial.
Prevêem, talvez, os assessores do senhor Mugabe que a fome e a ameaça de suspender a entrega de alimentos a quem vote no opositor consiga perpetuá-lo no poder.
Uma imagem que se torna perigosa principalmente quando um dos seus mais dilectos assessores vai também ele, em breve, para eleições…

03 abril 2008

Obrigado Zimbabué!

As eleições parlamentares, autárquicas e presidenciais no Zimbabué faz-me confiar que África está, de novo, no bom caminho relativamente às eleições justas e internacionalmente reconhecidas.
Ou seja, que o poder instituído começa a ter mais dificuldades em manipular as eleições e as Oposições, devidamente estruturadas e credíveis podem ascender ao poder pela via justa do voto.
É por esse facto que agradeço aos zimbabueanos e a SADC o trabalho que tiveram para mostrar quanto a justiça ainda não é uma palavra vã.
Nem a vontade da cúpula militar e paramilitar zimbabueana, nomeadamente, de um certo sector da polícia, conseguiu impedir que a Comissão Nacional de Eleições (ZEC), muito dependente do governamental ZANU-PF, informasse que, 28 anos depois, a oposição agrupada na MDC (Movimento para a Mudança Democrática) e numa ramificação dissidente do MDC conseguisse obter a maioria absoluta dos parlamentares eleitos. O MDC terá obtido entre 96 e 109 assentos enquanto o ZANU-PF não terá conseguido mais que 97 cadeiras. Os dissidentes do MDC terão garantido 9 deputados e foi eleito um deputado independente.
E se a isto tomarmos em linha de conta que o presidente pode eleger, por via indirecta e de acordo com a actual Constituição, mais uns quantos deputados, e se os ventos confirmarem a derrota presidencial, ainda que não aceite, oficialmente, por Mugabe, nem bem digerida pelos seus velhos camaradas da luta armada e comandantes do exército e polícia, ficará então claro que a maioria do MDC será muito maior, não havendo, ainda e contudo, uma maioria qualificada que possa alterar a Constituição, nomeadamente os polémicos artigos que permitiram a Mugabe e aos seus “olds comrades” ocuparem as fazendas e as empresas particulares não-negras.
A única dúvida está se Morgan Tsvangirai foi eleito, ou não, à primeira volta por uma margem curta de 0,53% ou se haverá uma desgastantes e humilhante segunda volta para o octogenário Robert Mugabe.
O subordinado “The Herald” garante uma segunda volta entre os dois candidatos mais votados, admitindo, ainda que de forma ténue, que o líder oposicionista está melhor posicionado. Já fontes próximas de Tsvangirai e do MDC afirmam que aquele venceu na primeira volta e que tudo está dependente de negociações entre líderes da SADC, nomeadamente sul-africanos, que querem manter a face de Mugabe e evitar a todo custo uma crise do tipo Quénia devido à intransigência dos chefes militares e paramilitares ainda reticentes para a mudança.
Ainda assim, obrigado Zimbabué por me fazeres acreditar que é possível a mudança em Setembro próximo…

04 fevereiro 2008

Zimbabué, que oposição?

(Quem explicou a quem como dividir para reinar? Imagem daqui)

Por que há-de se preocupar o senhor Mugabe e a ZANU-PF com as próximas eleições se a oposição está esfrangalhada e não se entende para se reorganizar como desejariam e esperariam os zimbabueanos que anseiam por ver Mugabe e seus muchachos pelas costas?
Enquanto Mugabe e a ZANU-PF vão cantarolando, de passo em passo, dia-a-dia, para a vitória oficial nas próximas eleições, mesmo que isso possa nem ser verdade e vá custar ainda mais ao Ocidente e a todos os que pugnam pela Liberdade e pela verdade democrática, a oposição democrática, antes agrupada no Movimento para a Mudança Democrática (MDC), está dividida em duas facções que não se entendem.
Perante estes desconchavos, Mugabe e a ZANU-PF vão cantarolando, de passo em passo, dia-a-dia, para a vitória oficial nas próximas eleições, face à dificuladde em a Oposição redistribuir eventuais lugares elegíveis – como se Mugade deixasse elegê-los – na região Matabeleland, entre a facção do académico Arthur Mutambara, que predomina nesta região, e a da principal facção do MDC ainda liderada pelo histórico Morgan Tsvangirai.
Como quer a oposição ser levada a sério quando ainda antes das eleições já não se entende quanto aos lugares a distribuir. Se isto é assim com assentos no Parlamento como será com o Governo?
Enquanto isso, Mugabe e a ZANU-PF vão cantarolando, de passo em passo, dia-a-dia, para a vitória oficial nas próximas eleições porque com eles não haverá, por certo, um novo Quénia.

14 março 2007

As liberdades democráticas do senhor Mugabe.

(Tsvangirai a caminho do tribunal com as evidências dos carinhos policiais; foto©AF-Estadão)

O senhor todo poderoso presidente do Zimbabué, um homem democrático que só é recebido por democratas, pensa aos 80 anos – se outros também o podem e desejam porque não há-de ele desejar – recandidatar-se às presidenciais do Zimbabué desde que os partidos – partidos???? – o lhe solicitem.
Perfeito, e porque não. é um direito constitucional que lhe assiste e que mesmo que a Constituição imponha limites de mandatos, os partidos que o apoiam – a ZANU-PF e a… ZANU-PF – dado terem a maioria absoluta, diria, qualificada, no Parlamente e no Senado podem sempre alterar as normas constitucionais conforme as suas conveniências. E mesmo que não pudessem bastava o senhor Mugabe chamar os antigos combatentes para tudo se compor.
Por isso o senhor Mugabe deseja aos 80 anos se recandidatar às presidenciais. Se outros, mesmo em outras latitudes, o desejaram e fizeram porque não há-de ele fazê-lo?
E para que não se duvide das suas intenções e da sua legítima vontade em se perpetuar no palácio presidencial nada como incentivar o seu principal opositor político e líder da oposição, Morgam Tsvangirai, do Movimento para a Mudança Democrática (MDC), a não o fazer.
E como?
Da forma mais simples e objectiva.
Mandando-o para os cuidados intensivos com um traumatismo craniano obtido, de uma forma simpatica, numa conversa, também esta cordial e agradável, com polícias do regime mugabeano, ocorrida num conhecido hotel de 5 estrelas, também reconhecido por prisão, onde outros líderes regionais e locais também participaram e foram reconhecidamente contemplados com alguns adesivos, gessos e “betadines”!
E tudo porque na concepção dos polícias mugabeanos os tais líderes que estavam a rezar numa oração colectiva com outrso 120 militantes oposicionistas, sob o lema “Salvem o Zimbabué” mais não faziam que incentivando as pessoas a dedicarem-se a actividades violentas contra o Estado.
O Zimbabué e as liberdade de Mugabe no seu melhor!!!
Quando se discute a realização da reunião UE-África e da admissão ou exclusão presencial de Mugabe, este só dá vantagens aos que não querem a sua presença.