06 outubro 2004
Guiné-Bissau: Insurreição armada?
Foto de Ricardo Bordalo/Lusa citada pelo Público
A capital da Guiné-Bissau acordou hoje com vários militares nas ruas.
Segundo se fontes locais bem corroboradas por uma fonte do MNE português, é devido a atrasos no pagamento dos salários dos militares pertencentes ao contingente guineense que participou, no início deste ano, na missão de paz da Comunidade Económica dos Estados da África Ocidental (CEDEAO) na Libéria.
Todavia, o primeiro-ministro Carlos Gomes Júnior afirmou que há militares instrumentalizados por forças políticas que perderam as eleições legislativas de Março deste ano. "Vocês sabem de quem se trata e são os jornalistas que estão a dizer que é o PRS [Partido da Renovação Social, fundado pelo Presidente deposto no golpe de Estado de 14 de Setembro de 2003, Kumba Ialá", respondeu Carlos Gomes Júnior à questão sobre se é esta a força política que está por detrás da "insubordinação".
Gomes Júnior salientou que existe um "equívoco", provocado pela "falta de circulação de informação" entre as chefias militares, pois desde 16 de Agosto último que a classe castrense sabe que as Nações Unidas, através do gabinete da ONU para o Apoio à Consolidação da Paz na Guiné-Bissau, comunicaram que os últimos pagamentos só seriam efectuados ao longo de Outubro". No entanto, desde sexta-feira passada que estarão a pagar os ordenados de Setembro aos militares.
Em qualquer dos casos, estará a decorrer uma reunião entre o ministro dos Negócios Estrangeiros, Soares Sambu, e os militares revoltosos, mediada pelo representante da ONU em Bissau, o moçambicano João Bernardo Honwana.
A situação em Bissau já estará calma e a população a circular nas ruas, onde o comércio continuará de portas abertas. O único estabelecimento encerrado é o Banco da África Ocidental, o único comercial no país.
Até agora, não há quaisquer indicações de que a insubordinação se tenha alargado a outras zonas do país. Segundo a Lusa, citada pelo Público, falou ao telefone com fontes militares nos aquartelamentos de Mansoa e Bafatá, que indicaram desconhecer o que se passa em Bissau.
Por outro lado, os militares que tentaram o de golpe de Estado em Dezembro de 2001, alegadamente comandados pelo então major Alan Camarã, iriam ver o seu julgamento ser brevemente iniciado.
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1 comentário:
Oh, vejo que o teu blog nao è nada mal. è mais antigo e organizado.
Gostei dos artigos sobre Guine Bissau. Nao estou bem informado sobre a actual situaçao politico-militar o economica, ecco perchè nao posso fazer nenhum comentario digno...
hehe
de qualquer maneira è um prazer conhecer-lo.
ME CHAMO
Francisco P. bernardo
Vivo em Italia, por enquanto, porque estudo aqui - Ciencias da Comunicaçao onde espero laurear-me em Jornalismo e Editora.
Sempre a Considerar
Francis*PAC
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