10 fevereiro 2005
Francês pai da alterada constituição togolesa?
Depois da Costa do Marfim é o Togo.
Tal como previ no apontamento anterior em como a França, directa, ou indirectamente, estaria por detrás da tomada de poder por parte de Faure Gnassingbé, filho do falecido presidente Eyadéma, e dos militares, eis que o Panapress vem dizer que a Constituição togolesa foi alterada por antigo decano da Faculdade de Direito da Universidade de Aix e ex-conselheiro jurídico de Eyadéma, com vista ao assalto ao poder por Gnassingbé.
Apesar disso, a Federação Internacional das Ligas dos Direitos Humanos (FIDH), através de uma carta aberta subscrita por si e pelas suas representações em França e no Togo pediu ao Presidente francês, Jacques Chirac, o uso da influência internacional do seu país para restabelecer a ordem democrática no Togo.
Enquanto isso a oposição na diáspora afirmou que vai lutar pacificamente pela reposição da legalidade democrática pelo que pede aos Chefes de Estado da CEDEAO que intervenham e pressionem o novo regime de Lomé.
Todavia, através do sítio “republicoftogo.com” os togoleses (?) questionam a atitude da francofonia e da UA em condenar tão rapidamente o “coup d’état” e, paradoxalmente, fechar os olhos a outras situações bem mais graves em África.
“Sonner l'hallali contre un pays soucieux de stabilité et de démocratie et fermer les yeux sur des situations bien plus graves ailleurs en Afrique. Voila le paradoxe.”
É, realmente há paradoxos que não são compreensíveis; principalmente se o citado decano foi chamado ao Togo em menos de 24 horas e quando ainda se pensava transportar Eyadéma para fora do país a fim de ser tratado a uma doença grave acometida na manhã de sábado.
É… estranho.
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