10 fevereiro 2005

Os nado-imigrantes e a nacionalidade portuguesa

Em regra, eu os comunistas portugueses estamos em completo e total antagonismo.

Todavia, e quando o caso merece a minha concordância, sou o primeiro a aplaudir qualquer ideia que possam transmitir – infelizmente as poucas que têm são, geralmente, impossíveis de levar à prática -; porém, a última que apresentaram aos representantes dos imigrantes, em Portugal, mesmo que impraticável, é pertinente e estranha-se que, só agora alguém tenha realmente falado nela com tanta clareza.

Pois a coligação CDU afirmou que vai propor, no próximo Parlamento, que os filhos de imigrantes nascidos em Portugal passem a gozar do direito de obtenção automática da nacionalidade portuguesa. Os comunistas consideram – e eu sublinho – “uma aberração” que aqueles direitos elementares de um qualquer cidadão, mesmo que imigrante, “não estejam reconhecidos”.

Ora, Angola tem mais de 20 mil imigrantes em Portugal, alguns dos quais nascidos neste país, mas que se vêem privados do direito à nacionalidade lusa; uma situação que deve ser alterada de imediato.

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