15 fevereiro 2005

Governo angolano já dispõe de um calendário eleitoral?


Segundo o AngoNotícias, citando o jornal Apostolado, o governo angolano já tem, se bem que discreto, um calendário eleitoral elaborado.
Aleluiaaaaaaaaa!!!
De acordo com o Ministro da Administração do Território e Coordenador da Comissão Inter-Governamental para as eleições, Virgílio Pereira, “este importante guião compreende três fases, que vão do presente momento até 2006, ano previsto do pleito.”
Ora de acordo como Ministro, o “calendário eleitoral do governo já existe há bastante tempo. Aquilo que nós chamamos calendário indicativo”.
Já está em curso a primeira fase, também denominada de preparatória, ou seja estão a fazer o levantamento das necessidades.
A segunda fase, que será a do registo eleitoral, e deverá acontecer com o início do cacimbo, ou seja, nos meses de Maio e Junho. O Ministro diz que “aí que as pessoas podem transitar, podem ter acesso aos locais de registo”.
A última fase, a terceira, que o executivo angolano considera como a “derradeira e que versará na própria votação, cujo período, de facto, é indefinido. Uma indefinição relativamente compreensível porquanto condicionado a uma série de factores, entre os quais o melhor acerto entre o Poder e a Oposição”.
Ora bolas.
1º. O Ministro não fala na diáspora. Será que não terá direito ao voto?
2.º. O Ministro considera os eleitores angolanos pessoas pouco capacitadas para votar, ou para terem vontade de votar, ou ainda para minimizar a capacidade dos brigadistas (agentes de registo) se deslocarem de Sanzalas em Sanzalas, de Muceques em Muceques. Porque será?

3º. O Ministro deve achar que os escrutinadores são pessoas lentas e preguiçosas. Senão como admite que o período de votação é indefinido?

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