De acordo com as notícias mais recentes, Luanda e representantes do Fórum Cabindês para o Diálogo, apesar de vozes e atitudes contrárias, têm conversado para levar a Paz à província de Cabinda.
A base das conversações está num documento com seis anexos, o memorando de entendimento para paz e reconciliação no enclave, apresentado pelo Governo Angolano ao Fórum nos princípios deste mês. Antes do início das conversas entre as duas partes, o memorando foi apresentado às partes cabindenses que as analisaram no Nokoto-likanda, algo a que chamaríamos de parlamento tradicional.
Nos encontros até agora ocorridos não parece estar excluído que o enclave venha a gozar de um estatuto especial. Na convicção do porta-voz do Fórum as negociações têm decorrido sob boa-fé por parte de ambas as partes.
Apesar de haver que deseja para Cabinda uma autonomia plena – leia-se, independência – continuo a defender para o território um estatuto de autonomia incorporada; ou seja, uma autonomia política, social e económica, sob a tutela governativa (defesa e relações externas) de Luanda.
Reparem que não falo em estatuto “Estado”, nem tão-pouco numa região autónoma como o Príncipe ou a Madeira ou os Açores ou as Canárias ou numa região autónoma associada como Puerto Rico; mas, tão só, num estatuto de “Autonomia”.
Sem comentários:
Enviar um comentário