Apesar de ainda faltarem duas mesas de votos para escrutinar, a diferença que existe nesta altura já quase permite confirmar que Pedro Pires manteve o seu lugar na presidência de Cabo Verde para o segundo e última magistratura (salvo se houver alguma lateração constitucional). De acordo com os últimos resultados conhecidos - não oficiais - Pedro Pires tinha uma vantagem significativa face a Carlos Veiga.
Por outro lado, as pessoas que estiveram frente-a-frente não parecem pactuar com os vícios ocorridos nas legislaturas. Daí que seja crível que na próxima semana a divulgação oficial dos resultados não traga surpresas desagradáveis.
Cabo Verde deve manter o estatuto ímpar que já ganhou no concerto das Nações Africanas.
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ADENDA: Parece-me que algo não vai bem lá para as ilhas da Morabeza. De acordo com o Expresso das Ilhas haverá uma gritante diferença de opinião entre a DGAE (Direcção Geral da Administração Eleitoral, obrigado ao NL pela descodificação) que dá a vitória a Pires por 79.442 contra 79.078 de Veiga (isto quando ainda faltava escrutinar umamesa de voto e outra só iria votar hoje) enquanto a Comissão Nacional de Eleições, e nas mesmas condições, dá a vitória a Veiga por 79.555 contra os 75.037 (penso que sejam 79.037).
Ainda de acordo com aquele sítio cabo-verdiano, a derrota de Veiga terá acontecido no exterior o que está levantar inúmeras questões no país (registaram-se abstenções na ordem dos 79%). Fala-se que Veiga, depois de ter dito que aceitava o resultado qualquer que fosse, pode, tal como o MpD - pelos vistos o vírus pegou - pedir a impugnação do acto eleitoral.
Não há dúvida que estes senhores não têm juízo mesmo.
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