Comemora-se hoje em Angola e onde a Diáspora angolana "sobrevive" uma das datas mais emblemáticas da moderna História angolana. O 4 de Fevereiro de 1961.
Não tanto pelo que ela representa - e para muita gente, principalmente para aqueles que nela participaram ou apoiaram, representa muito - mas pelo que foi, mais tarde, politicamente aproveitada para legitimação de actos e de factos, alguns ainda hoje obscuros e a serem estudados pelos novos historiadores angolanos.
Este ano, em Angola, os actos políticos a ele subjacentes ocorrerão na província do Huambo, mais precisamente, na comuna do Alto Hama (como o meu amigo Orlando Castro deverá estar feliz por esta coincidência).
Mas não será só em Angola que este acto vai, simbolicamente, ser comemoradao. Em Lisboa dois eventos culturais ocorrerão: um na Casa de Angola, onde irá ser inaugurada uma Exposição Colectiva de 5 Pintoras Angolanas (às 16 horas) e outro na FNAC Chiado, às 18 horas, onde Ana Paula de Castro, lançará o seu livro "Deus Acorda" com apresentação de David Borges.
Mas se Angola orgulha-se de ter o seu 4 de Fevereiro, países há que também os comemoram ou deveriam comemorar.
Por exemplo, sabiam que nesta data, em 1524, nasceu aquele que está considerado como o maior poeta da língua portuguesa e dá nome a um prémio literário? Esse mesmo, Luís Vaz de Camões. Alguém ouviu ser mencionado algum evento para esta data pelo Instituto Camões. Eu não. Peço desculpa se estou a leste da realidade.
Em França, comemora-se a abolição da escravatura nas suas colónias, decretada em 1794.
1 comentário:
eu cá ainda me lembro desta canção, que cantávamos, em 1975:
Viva o MPLA (3x)
Dia 4 de Fevereiro
é o dia do começo da luta
do povo angolano
pela sua independência total!
Abraço, uma da outra costa
Enviar um comentário