© retirado do Canal Voz (o mesmo problema da Xunta de Galicia)
De acordo com um artigo do Notícias Lusófonas, o governo português decidiu incrementar uma política velha de 2 anos (o programa “Damião Góis” desenvolvida no governo de Durão Barroso) para fazer retornar os “cérebros” que emigraram por falta de oportunidades no seu país de origem ou de formação.
De acordo com JoãoSentieiro, presidente da Fundação para a Ciência e Tecnologia que gere este programa, o mesmo foi um autêntico fracasso.
Sobre este assunto, Orlando Castro, com a sua proverbial veia humorística e acutilante analisa e pergunta se o que está em causa não será mais falta de competência… mas a dos políticos que fomentam e aprovem leis iníquas e sem qualquer meio de subsistirem, como foi o caso desta.
É que de acordo com o Sentieiro a lei quando foi criada não teve em conta os enquadramentos essenciais para a concepção correcta do programa. Daí estar totalmente inoperacional e precisar de uma nova (re)criação.
Mas Orlando Castro vai mais longe na sua análise; pergunta o que está a acontecer com os que se licenciaram em Portugal e que, uma grande maioria, estão a tentar “sobreviver como empregados de balcão, taxistas, guias etc.. Outros nem isso arranjam. Não seria, pelo menos paralelamente, de criar algo que permitisse que muitos destes não tenham de abandonar o país?
Ou será que têm da ir embora para que lhes seja reconhecido mérito?”
Sobre esta pergunta, permitam-me contar uma pequena estória pessoal. Um autor gosta de ver as suas obras, mais que compradas, lidas pelo maior número de pessoas. E se nesse número estiverem leitores estrangeiros, melhor ainda. Daí que tenha perguntado a uma pessoa amiga, com obras editadas no Brasil e Moçambique, o que deveria fazer. A resposta não poderia ser mais curta e incisiva.
“Meu caro! Traduz as tuas obras, contrata com a Amazom.com e vais ver que daqui a dias tens “n” editoras e cronistas a perguntarem por ti e a falarem nos teus livros: Ainda não percebeste que o que é publicado lá fora é que é bom; mesmo que nada valha?”
Simples, directo, incisivo.
Ou seja, o luso-provicianismo de “de lá de fora é que é vale”.
Daí que não surpreenda que muitos licenciados emigrem. Ah! Notem que isto não é só válido com portugueses. Quantos afro-lusófonos recusam voltar aos seus países porque não lhes dão condições dignas desse nome para singrarem e ajudarem os seus países a se tornarem maiores?
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