O blogue “Desabafos angolanos” estampa hoje uma epístola proveniente dos EUA sobre o investimento em Angola e os obstáculos que decorrem dessa vontade.
De notar que este caso – e que abaixo deixo um cheirinho do mesmo, podendo aceder directamente ao blogue para o ler na íntegra – não surge para mim como um caso novo.
Há pouco tempo, em conversa com um ex-colega meu e professor universitário num Instituto público português, este assunto foi abordado devido a uma situação que se terá passado com ele. Uma empresa internacional, conceituada, ter-lhe-á solicitado uma acessória sobre quais, como e que condições para criar uma empresa, de raiz, em Angola.
Num seminário efectuado pelo governo angolano em Espanha a conclusão que chegaram foi que a melhor situação seria estarem quietos e procurarem outras demandas. O investimento em Angola parece continuar a ser tabu para os nossos governantes ou para as entidades que deveriam contribuir para o desenvolvimento do país.
Até lá vamos passando os olhos por este pormenor:
“[…]Estou consciente de todas as dificuldades que Angola ainda atravessa, da corrupção à burocracia, da fraca qualidade dos serviços de saúde aos perigos da criminalidade, do lixo na rua ao trânsito caótico nas ruas da capital, da fome ao analfabetismo. No entanto preparei-me mentalmente para “saltar” por cima de todas estas adversidades e de seguir em frente custe o que custar. Para mim será bem mais fácil do que para muitos Angolanos pois não só tenho hipóteses de passar ao lado de muitas destas adversidades, tenho também a sorte de ter uma rede onde cair em caso de “desastre”. Não acredito que seja necessário acabar com todos os males para que se comece a trabalhar e fazer algo de novo. [o autor e potencial investidor quer investir em Angola e começa a trabalhar nesse sentido, pensando que o facto de estar nos EUA e perto das principais localidades onde organizações de Angola estão sedeadas seria uma auto-estrada para esse fim; todavia…] Enganei-me redondamente. Três organizações contactei, três derrotas sofri. O US-Angola Chamber of Commerce (não governamental) só está disposto a ajudar quem já é membro da organização. Como eu não sou ainda membro nem pretendo ser até que tenha o meu projecto em prática, logo o Chamber arranjou maneira de me “despachar”. A Representação Comercial de Angola nos EUA, não me despachou, mas de nada me adiantou. Estou ainda à espera de informações. Finalmente a ANIP, Agência Nacional para o Investimento Privado. Já lá vão dois telefonemas e um e-mail e de resposta nada. Isto tudo aqui nos EUA. O que consegui eu destas organizações até ao momento? ZERO.”
Para ler o artigo, na íntegra, no Desabafos angolanos sob o título "Investir em Angola... obstáculos..."
1 comentário:
Algumas considerações sobre o investimento privado em Angola.
Convido a ler e a comentar o meu blog em : http://angolasempre.blog.com
Um abraço
Carlos Lopes
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