Ainda há quem diga - afirme - que a CPLP (também conhecida pelo pomposo nome e Comunidade(?) dos Palíses de Língua Portuguesa) não faz nada e o que nada faz... é nada.
Não é bem vedade.
Jorge Neto, do Africanidades, prova-nos num saboroso apontamento que não é verdade. E além de não ser verdade, há vontade dos executivos da CPLP em ajudar a Guiné-Bissau, mantendo lá, apesar de todas as vicissitudes por ele descritas, a próxima cimeira (a VI) de Chefes de Estado e de Governo da CPLP.
Isto mesmo que o país - e a capital, em particular - não tenha capacidade para receber a comitiva dos 7 altos-governantes que em Julho demandarão Bissau. Ao único hotel digno desse epíteto - o Bissau Hotel - para, condignamente, receber os ilustres visitantes teriam de o "demolir e tornar a colocar de pé (como novo)" o que parece não crer ser possível a tempo da cimeira embora a organização afirme que "tudo estará pronto a horas".
Daí que o chefe da comitiva que foi vistoriar as condições actuais de Bissau, um português tenha, segundo parece, decidido pela forma tipicamente lusitana - o desenrasca.
Como afirma ironicamente Jorge Neto a CPLP irá, durante esse período optar por uma opção de puro "lusofonês". Ou seja, durante o dia os doutos governantes convivirão em português - ou crioulo - na Guiné-Bissau; à noite - ou mais concretamente à la nuit - os ilustres visitantes serão enviados para pernoitar no Senegal. Liniar; perfeita solução... e quem paga?
Bem tem razão o nosso amigo Jorge Neto quando, a dado passo, afirma e passo a citar: "Mal vai a CPLP quando não descobre/constrói/inventa (sei lá!) local para acolher os seus presidentes e respectivas comitivas em território seu. Quem dará gargalhadas de gozo e júbilo serão Chirac e toda a francofonia, ao verem que esta pobre comunidade nem travesseiros tem para repousar as nucas presidenciais quando a lua de Julho subir no céu da Guiné-Bissau. "Indigents", dirão, quando lhes baterem à porta!".
Incrível?!! Ou talvez não!!!
O incrível é ainda continuarmos a brincar com uma "Comunidade" que cada vez menos o é e continuar a manter um regime que parece se estar nas tintas para o bem-estar da sua própria comunidade... e a Guiné-Bissau com tanto para dar ao turismo como comprovam as cíclias fotos que Jorge Neto nos oferece no seu Africanidades.
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