07 novembro 2007

Fartar garimpagem

"Por cada 100 dólares doados, 80 retornam ao país doador por via dos vencimentos dos seus técnicos colocados, ao abrigo da cooperação, nos países receptores; ou seja, 80% dos fundos colocados à disposição dos receptores regressam, inteirinho, à procedência.
Isto foi proferido pelo deputado angolano Lopo de Nascimento, antigo primeiro ministro e governador da província da Huíla e por alguns, em tempos, considerado como um dos mais previsíveis delfins de Eduardo dos Santos para concorrer às presidenciais angolanas, na cidade do Porto, onde participou numa conferência "Europa-África: uma estratégia comum?" levada a efeito pela Fundação Portugal-África; uma tese onde mostra o quanto tem de “falso” algumas – e não poucas – doações internacionais.
Relembremos a “oferta” japonesa por troca da liberalização santomense da captura de cetáceos...
Mas Lopo do Nascimento foi mais longe ao afirmar, também, que África está, nesta altura, a ser alvo dos novos garimpeiros, a Índia e a China.
Se antes foram as potências colonizadoras, primeiro, e as duas superpotências (EUA e Rússia), depois, quem exploravam os ricos solos e subsolos e mares africanos, sendo que as primeiras ao abrigo do seu interno desenvolvimento industrial, enquanto as superpotências operavam sob a capa da protecção e internacionalização solidária, agora são os chineses e os indianos os centrais “vorageiros” das fundamentais riquezas africanas. (...)
" (continuar a ler aqui).
Publicado no , edição 137, de 27-Outubro-2007

1 comentário:

Anónimo disse...

Trabalhar para aquecer, bastaram os "quinhentos anos".

Os actuais "cooperantes", do mundo inteiro, colonizaram mais Africa em 5 anos, do que outros em 500.