01 novembro 2007

Monges na rua, crianças na guerra…

(imagem ©daqui)

No dia que a Human Rights Watch denuncia que o regime da Junta Militar de Myanmar (Burma) está a recrutar à força crianças para os seus jogos de guerra – guerra contra os seus próprios cidadãos – e, mais grave ainda, por eventual compra, como substitutos dos não-voluntários e dos desertores, os monges voltam à rua em protestos contra a Junta e desafiando a sua proibição de reuniões públicas com mais de 5 pessoas. É que o grupo dos monges que se manifestava rondava entre os 100 e 200 elementos.
Mas também que interessa isto se é um assunto interno de Myanmar/Burma/Birmânia como afirmam os chineses e os russos que, por acaso, parece que vão dar instruções militares às tropas birmanesas no âmbito da mútua cooperação – os russos ensinam a defender e os birmaneses ensinam a bater – militar?
Sim, que interessa estes pequenos nadas se a maior democracia do Mundo, a Índia, se dignou a fazer exercícios militares conjuntos com as tropas de Myanmar, em Abril de 2007, enquanto a recém-democrata, pragmática e defensora de um neófito “realpolitik” Rússia se limitou a exportar uns míseros cem sistemas de artilharia de alto calibre durante o ano de 2006 e manter uns simples escritórios em Rangun da companhia russa que fabrica os aviões MIG.
Realmente, que interessa estes pequenos nadas para o Ocidente se mais próximo destes, o Curdistão está quase a ferro-e-fogo para gáudio de uns quantos militares e afirmação de um líder islamita e, segundo parece, com apoio nada discreto do Tio Sam e na única região iraquiana que parece(ia) estar sossegada?

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