"Como habitualmente, por esta altura, realizou-se, em Adis Abeba a reunião magna do Conselho de Chefes de Estado e de Governo da União Africana (UA). Foi a XII Cimeira que decorreu entre 2 e 3 de Fevereiro.
Uma vez mais os Chefes de Estado e de Governo africanos ponderaram a discussão de factos relevantes para África, como as sucessivas crises institucionais e políticas do continente, a fome, as guerras, aliados a assuntos de menor interesse como saber se Mugabe, no Zimbabué, deve ou não continuar a sofrer sanções internacionais ou de el-Bashir, do Sudão, se deve ser apresentado ou não ao Tribunal Penal Internacional.
Para os “ocupados” líderes africanos presentes nem as sanções devem manter, dado que já há acordo para a partilha de poder no Zimbabué – também há uns meses isso acontecia e depois viu-se que Mugabe não cumpriu – como o presidente sudanês não deve ser detido porque iria criar instabilidade na região – ou será que nas costas do vizinho, alguns líderes viram as suas e temem que também possam ser detidos por crimes contra os seus Povos? – Ambos devem não só sentir o peso das suas responsabilidades e serem presentes a Juízo. Mugabe continua a passar laudativas férias em Singapura e Hong Kong enquanto o seu Povo passa fome e pene sob o espectro da cólera.
Registe-se que nem todos os Chefes de Estado e de Governo africanos estiveram presentes. Dos 53 Estados membros da UA só 21 se fizeram representar a alto nível. Tudo porque alguns dos Chefes de Estado e de Governo preferiram pautar pela não presença, tendo sido representados por figuras menores; os líderes africanos já perceberam que alguns Coup d’État ocorrem na sua ausência; e porque será que não foram? será que têm contas estranhas a pagar?
Outras das matérias abordadas nesta Cimeira foram alguns documentos que se previam pudessem entrar em vigor por já terem sido ratificados por um número mínimo de Estados. Entre eles encontravam-se a Constituição da Associação das Organizações Africanas de promoção do Comércio, a Carta Africana do Transporte Marítimo e a Carta Africana da Democracia, Eleições e Governação. Destes, só os dois primeiros entraram provisoriamente em vigor.
A Carta Africana da Democracia, que todos os líderes africanos andam a dizer que já está implantada e quase consolidada em África só – repito, SÓ! – foi ratificada por 2 (DOIS!) Estados: a Etiópia e… Mauritânia.
Porque será? (...)" (continuar a ler aqui)
Publicado no santomense , edição 201, de 7/Fev./2009
Uma vez mais os Chefes de Estado e de Governo africanos ponderaram a discussão de factos relevantes para África, como as sucessivas crises institucionais e políticas do continente, a fome, as guerras, aliados a assuntos de menor interesse como saber se Mugabe, no Zimbabué, deve ou não continuar a sofrer sanções internacionais ou de el-Bashir, do Sudão, se deve ser apresentado ou não ao Tribunal Penal Internacional.
Para os “ocupados” líderes africanos presentes nem as sanções devem manter, dado que já há acordo para a partilha de poder no Zimbabué – também há uns meses isso acontecia e depois viu-se que Mugabe não cumpriu – como o presidente sudanês não deve ser detido porque iria criar instabilidade na região – ou será que nas costas do vizinho, alguns líderes viram as suas e temem que também possam ser detidos por crimes contra os seus Povos? – Ambos devem não só sentir o peso das suas responsabilidades e serem presentes a Juízo. Mugabe continua a passar laudativas férias em Singapura e Hong Kong enquanto o seu Povo passa fome e pene sob o espectro da cólera.
Registe-se que nem todos os Chefes de Estado e de Governo africanos estiveram presentes. Dos 53 Estados membros da UA só 21 se fizeram representar a alto nível. Tudo porque alguns dos Chefes de Estado e de Governo preferiram pautar pela não presença, tendo sido representados por figuras menores; os líderes africanos já perceberam que alguns Coup d’État ocorrem na sua ausência; e porque será que não foram? será que têm contas estranhas a pagar?
Outras das matérias abordadas nesta Cimeira foram alguns documentos que se previam pudessem entrar em vigor por já terem sido ratificados por um número mínimo de Estados. Entre eles encontravam-se a Constituição da Associação das Organizações Africanas de promoção do Comércio, a Carta Africana do Transporte Marítimo e a Carta Africana da Democracia, Eleições e Governação. Destes, só os dois primeiros entraram provisoriamente em vigor.
A Carta Africana da Democracia, que todos os líderes africanos andam a dizer que já está implantada e quase consolidada em África só – repito, SÓ! – foi ratificada por 2 (DOIS!) Estados: a Etiópia e… Mauritânia.
Porque será? (...)" (continuar a ler aqui)
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